11/12/2017
Em um discurso de improviso, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso lembrou nesta manhã, durante a convenção nacional do PSDB, que já derrotou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva duas vezes nas eleições, mas que o partido tem seus valores e que estes valores precisam primar sobre os interesses eleitorais.
“Prefiro combatê-lo na urna a vê-lo na cadeia”, disse o presidente de honra do partido. Em sua fala, FHC sugeriu que o partido ouça mais a população, que por sua vez está irritada e enojada com a classe política e pregou que é preciso voltar a sentir o orgulho de ser brasileiro.
“Vamos ser gente como a gente, precisamos de mais povo”, conclamou. O ex-presidente ressaltou que a população quer melhorar sua vida, precisa de segurança, saúde e educação, temas que afetam a todos.
Ele reclamou que “é duro assistir à tragédia que o País passou” e “arruinou” a nação, uma vez que a corrupção tomou parte da política brasileira. “Precisamos entender que nós também erramos e temos de corrigir o que erramos”, enfatizou.
FHC fez duras críticas às estruturas partidárias, que segundo ele ficaram envelhecidas.
Para o tucano, a existência de 28 partidos políticos no País não é normal, é uma “sopa de letra”, não agremiação partidária.
O ex-presidente previu que o povo pode voltar às ruas se os governos “errarem muito”.
“Sei que muita coisa foi errada, mas temos forças suficientes para reconstruir o PSDB”, disse.
Em um claro sinal de apoio à reforma da Previdência, FHC disse que o sistema previdenciário é insustentável e que a sigla vai votar a favor das reformas.
“Sei que o mercado financeiro é importante, mas nosso guia é emprego e crescimento”, orientou.
O ex-presidente disse que o País precisa de estratégia e o partido precisa tomar uma posição, “sentir na pele que o Brasil é um País de pobres”.
Ao cumprimentar Alckmin, FHC elogiou seu comportamento simples, disse que o governador de São Paulo nunca mudou e que o Brasil precisa de “gente assim”.
“Líder é quem forma maioria e o PSDB tem de formar maioria”, observou. Estadão
BZ-FHC errou redondamente quando não apoiou a cassação rápida do Lula logo no início do Mensalão. FHC pensou que seria melhor deixar o Lula, ferido mortalmente pelas fortes e evidentes denúncias de corrupção, continuasse sangrando lentamente até morrer. Não foi o que aconteceu. Lula não só não morreu, com se recuperou, se fortaleceu, se reelegeu e ainda elegeu seu “poste” Dilma Roussef. Os resultados estão aí, e pagamos caro por esta decisão. .
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