10/03/2013
MINISTROS DEMITIDOS ESTÃO DE VOLTA DA FAXINA ÉTICA DE DILMA
CATARINA ALENCASTRO E ISABEL BRAGA/O GLOBO
BRASÍLIA
Um ano e meio depois da faxina promovida pela presidente Dilma Rousseff no primeiro escalão do governo, em resposta à crise ética gerada pelas suspeitas de irregularidades em vários ministérios, dois dos sete ministros que caíram estão sendo reabilitados pelo Palácio do Planalto: os presidentes do PR, senador Alfredo Nascimento, e do PDT, Carlos Lupi. Eles foram chamados pela presidente para discutir a prometida reforma ministerial, que será feita para garantir o apoio de todos os partidos da coalizão governista à reeleição, ano que vem.
Dos processos abertos contra os ministros que deixaram o governo em 2011, acusados de irregularidades, poucos andaram. Afora censuras e advertências sem efeito prático na vida pública dos acusados, não houve punições. Alguns inquéritos se arrastam na Justiça.
Além de Nascimento e Lupi, perderam o cargo sob suspeita ao longo de 2011 os ex-ministros Antonio Palocci (Fazenda), Wagner Rossi (Agricultura), Orlando Silva (Esporte), Pedro Novais (Turismo) e Mário Negromonte (Cidades). Todos voltaram à vida política ou empresarial. Como Palocci, que retomou com força sua atividade de consultor — motivo da demissão —, assumindo recentemente um trabalho para o grupo CAOA, que controla a Hyundai no Brasil.
BZ-Vão voltar todos os corruptos que foram "faxinados" no passado.
DILMA REDUZ REPASSES PARA PERNAMBUCO, GOVERNADO POR POTENCIAL RIVAL
Julia Duailibi e Bruno Boghossian, O Estado de S. Paulo
A gestão da presidente Dilma Rousseff derrubou repasses federais para financiar projetos apresentados por Pernambuco, do governador Eduardo Campos (PSB), potencial adversário da petista na eleição presidencial de 2014. Dilma alterou, assim, a trajetória de transferência desse tipo de recurso, iniciada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo dados do Tesouro Nacional, em 2012, o valor repassado voluntariamente pelo governo federal chegou a patamar menor que o de 2006, último ano de gestão do então governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), que fazia oposição ao governo do PT.
A gestão da presidente Dilma Rousseff derrubou repasses federais para financiar projetos apresentados por Pernambuco, do governador Eduardo Campos (PSB), potencial adversário da petista na eleição presidencial de 2014. Dilma alterou, assim, a trajetória de transferência desse tipo de recurso, iniciada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo dados do Tesouro Nacional, em 2012, o valor repassado voluntariamente pelo governo federal chegou a patamar menor que o de 2006, último ano de gestão do então governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), que fazia oposição ao governo do PT.
BZ-As duas notícias acima mostra o grande malefício de uma campanha de reeleição começada cedo demais. A presidente Dilma já está agindo muito mais como candidata que como presidente. Neste momento, os problemas da nossa economia (inflação em alta e PIB em queda) precisam muito mais da presidente que da candidata.
DILMA PRETENDERIA DISTÂNCIA SUTIL DE IMAGEM DE CHÁVEZ
Se pode ver pela cara dos dois, que não havia grande afinidade entre eles. |
Ao deixar a Venezuela sem comparecer à cerimônia fúnebre de Hugo Chávez, a presidente Dilma Rousseff teria enviado mensagem clara a investidores e diplomatas, em uma "modalidade de esquerdismo mais branda", segundo afirma a agência Reuters neste sábado (9). De acordo com o noticiário, Dilma teria oferecido suas condolências, mas ao mesmo tempo manteve certa distância do legado de Chávez poucas horas após sua morte. Em um discurso, ela expressou admiração pelo líder socialista, mas acrescentou enfaticamente que o Brasil "não concordou inteiramente" com muitas de suas políticas linha-dura. Segundo a Reuters, pessoas próximas a Dilma e Lula dizem que ambos admiravam verdadeiramente Chávez e sua compaixão pelos pobres, e ficaram emocionalmente abalados com sua morte por câncer aos 58 anos de idade. "A mensagem simples é: ‘Somos diferentes'", declarou uma autoridade brasileira à agência, sob anonimato. "Sim, respeitamos muitas coisas que ele fez, e há uma causa em comum... mas o Brasil não é igual à Venezuela".
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