17/05/2013
MP DOS PORTOS: GOVERNO VENCE, MAS SAI DEBILITADO
A votação da MP dos Portos, que durou 22 horas na Câmara, serviu para expor o baixíssimo “Índice de Satisfação” da base aliada com o governo Dilma. Todo barulho era liderado por cerca de vinte deputados de oposição, cujas manobras protelatórias foram alegremente seguidas por governistas revoltados com o conhecido desdém do Palácio do Planalto. O governo venceu, mas seu “exército” quase foi dizimado. A situação tende a se agravar, com a aproximação das eleições de 2014.
Arrogância ou burrice?
A rebelião dos aliados ocorre em um governo com a mais confortável maioria e a oposição mais insignificante da nossa História recente.
Irritação
Durante a longa sessão da MP dos Portos, os discursos de deputados do governo e da oposição eram viscerais, irritados com o Planalto.
Te vira
O governo deixou Garotinho (PR) pendurado na brocha: fechou acordo com Eduardo Cunha (PMDB), que ele enfrentou para defender a MP.
Ninguém esquece
Retirados de casa e de restaurantes durante a madrugada para voltar à Câmara, não-petistas ainda foram insultados pelo PT de “traidores”. (CLÁUDIO HUMBERTO)
BZ-Debilitada está a relação entre o Poder Executivo e o Legistativo, que deveriam ser independentes. Em troca de cargos e vantagens, deputados e senadores votam nos projetos do Executivo, ficando depeendente deste.
TEMER NEGA FRAGILIDADE NA ARTICULAÇÃO POLÍTICA ENTRE PLANALTO E CONGRESSO
Priscilla Mendes, G1
O vice-presidente da República, o peemedebista Michel Temer, negou nesta quinta-feira que haja fragilidade na articulação política entre o Planalto e o Congresso. Ele ainda elogiou a atuação do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, na votação da MP dos Portos, concluída nesta manhã após mais de 41 horas de debates em plenário iniciados na terça. Questionado se houve fragilidade na articulação com os parlamentares da base do governo, Temer respondeu: “Não, nenhuma, o Parlamento agiu como deveria agir. Você sabe que houve divergência até internas no partido. O PMDB demonstrou uma unidade extraordinária, trabalhou muito, compareceu intensamente para as votações”. Michel Temer disse também que o trabalho de Henrique Eduardo Alves à frente da votação foi “extraordinário” e demonstrou “fidelidade às teses do governo”. “Sem o esforço de Alves, a medida não teria sido aprovada”, afirmou o vice-presidente. “O governo o cumprimenta por isso, e acho que o Parlamento deve cumprimentá-lo também pela democracia com que exerceu a tarefa.” Leia mais no G1.
DEPUTADO VÊ RECUO DO GOVERNO NA ‘PEC IMPUNIDADE’
O deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB) disse que o governo federal está no começo de um recuo na decisão de retirar do Ministério Público poderes de investigação, conforme prevê a PEC 37 em tramitação no Congresso. Esta semana, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo disse, em entrevista, estar convencido de que o melhor para o país é o trabalho investigativo conjunto entre a Polícia Civil e o Ministério Público. “Se um ministro da presidente Dilma dá uma declaração dessas, é porque o governo percebeu a reprovação da sociedade a essa tentativa de silenciar o órgão defensor dos cidadãos de bem, e que tem atuado fortemente no combate à impunidade, disse o deputado.
CFM ENTRA COM REPRESENTAÇÃO CONTRA CONTRATAÇÃO DE MÉDICOS ESTRANGEIROS
Thaís Passos, Agência Brasil
O Conselho Federal de Medicina (CFM) entrou com uma representação na Procuradoria-Geral da República para impedir o governo de contratar médicos estrangeiros para trabalhar no Brasil. Na representação, a entidade cobra esclarecimentos dos ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota; da Saúde, Alexandre Padilha; e da Educação, Aloizio Mercadante. Na última semana, o governo anunciou a intenção de contratar 6 mil médicos de Cuba, além de profissionais de Portugal e da Espanha, para atuarem em regiões carentes do país. O presidente do CFM, Roberto d’Avila, disse que a preocupação do conselho é a contratação de profissionais sem qualificação comprovada. “Nós não vamos permitir que a população brasileira seja atendida por médicos desqualificados e que não tiveram a sua competência avaliada”, disse. Para exercer medicina no Brasil, os profissionais formados no exterior precisam ser aprovados no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida). Segundo o presidente do CFM, o conselho não vai aceitar alterações que possam baixar o nível de dificuldade da prova. Leia mais na Agência Brasil.





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