Assim como os jovens de seu rival histórico – a França – uma multidão de estudantes britânicos saiu às ruas das principais cidades do país em protesto contra a nova medida do governo para controlar a crise econômica. No caso específico, a nova lei de taxas universiárias. Em Londres, até o veículo onde se encontrava o príncipe Charles e sua mulher Camila, duquesa de Cornwall, sofreu com os manifestos. Em plena Regent Street, uma das mais tradicionais ruas da capital do Reino Unido, manifestantes chutaram o carro real, que conseguiu passar pela multidão. O simbolismo do ato expressa o descontentamento do grupo que é contra o aumento nas taxas do ensino superior público do país. O universitário britânico que opta por uma instiuição não privada paga uma das mais caras mensalidades do mundo, chegando ao valor anual de R$ 24 mil. As manifestações ocorrem desde a última quarta-feira (8). No dia, foi aprovado com ressalvas o projeto de lei que aumentará os valores a partir de 2012. De acordo com agências internacionais, neste dia um grupo de estudantes chegou a conseguir entrar na área da Câmara dos Comuns (espécie de Câmara dos Deputados do país), perto do salão onde o projeto de lei era debatido. Outros conseguiram derrubaram a porta do Tesouro (Ministério das Finanças) durante as manifestações. Diferente do vizinho do outro lado do Canal da Mancha, agitações mais violentas não são tão comuns na terra da Rainha.
EUA BUSCAM APROXIMAÇÃO COM NOVO GOVERNO
Salvo algum mal-estar devido à revelação de que os EUA atribuíram a ela crimes na ditadura em um despacho diplomático, a aproximação entre Dilma Rousseff e seu antigo inimigo dos tempos de militância esquerdista será selada na segunda-feira. Após um começo conturbado, o número 3 da diplomacia americana, William Burns, se encontrará com o governo de transição em Brasília. A turbulência deu-se pela negativa de Dilma ao convite feito pelo presidente americano, Barack Obama, para uma visita a Washington –ritual clássico para os novos mandatários brasileiros, cumprido inclusive por Lula após sua primeira vitória em 2002. Alegou problemas em sua agenda. (Folha)
TV ESTATAL IRANIANA DESMENTE ONG: SAKINEH NÃO ESTÁ LIVRE
O canal estatal iraniano Press TV negou nesta sexta-feira que a iraniana Sakineh Ashtiani tenha sido libertada, como informou na véspera uma ONG alemã . Segundo a emissora, ela apenas acompanhou uma equipe de televisão a sua casa para reconstituir a suposta cena do assassinato do marido, crime do qual é acusada. “Ao contrário da vasta campanha publicitária da mídia ocidental de que a assassina confessa Sakineh Mohammadi Ashtiani foi libertada, uma equipe de produção junto com a Press TV organizou com as autoridades judiciais acompanhá-la até sua casa para reconstituir o crime”, noticia a emissora, responsável pela divulgação de uma série de imagens da iraniana aparentemente livre ao longo do dia. O canal explica que a reconstituição será exibida nesta sexta-feira, no início da noite (horário de Brasília), num programa chamado “Iran Today”. O jornal britânico “Guardian” diz que nas propagandas que anunciam a transmissão a iraniana aparece confessando o crime e assumindo que planejou o assassinato do marido. (O Globo)
A diplomacia dos EUA afirmou em telegrama confidencial de 2005 que Dilma Rousseff, então recém-nomeada para a Casa Civil, “organizou três assaltos a bancos” e “planejou o legendário assalto popularmente conhecido como ‘roubo ao cofre do Adhemar’ ” na ditadura. O telegrama faz parte de um lote de nove documentos obtidos pela ONG WikiLeaks aos quais a Folha teve acesso. Não há nenhuma menção à fonte da informação a respeito da atuação atribuída à presidente eleita. Dilma nega ter participado de ações armadas quando militou em organizações de esquerda, nos anos 60. O processo sobre ela na Justiça Militar descreve de forma diferente sua atuação: “Chefiou greves, assessorou assaltos a bancos”. Não é acusada de “organizar” ou “planejar” assaltos. Ela foi condenada por subversão. Leia mais na Folha.
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