domingo, 30 de janeiro de 2011

NACIONAIS

30/01/2011

NO 1º MÊS DE DILMA, DISCRIÇÃO E COBRANÇA
Luiza Damé e Chico de Gois/O GLOBO
BRASÍLIA - A visita oficial de algumas horas à Argentina, para uma reunião de trabalho com a colega Cristina Kirchner, encerrará o primeiro mês de governo da presidente Dilma Rousseff. Nestes primeiros 30 dias, Dilma ficou mais reclusa no Palácio do Planalto, organizando o governo, e deverá manter essa estratégia durante fevereiro. O presidente falastrão, que muitas vezes resolvia os problemas na base do carisma pessoal, deu lugar a uma presidente com estilo de gerente cobradora de prazos e resultados.

BRASIL ANUNCIA EM DAVOS O ANO DA MODERAÇÃO
A palavra “moderação” foi a marca da apresentação do governo Dilma Rousseff à sociedade dos grandes executivos globais, reunida em Davos para o encontro anual do Fórum Econômico Mundial. ”Agora é o momento de moderar nossas despesas, o consumo, o crédito ao consumo, moderar as despesas do governo”, disse Luciano Coutinho, presidente do BNDES, para uma plateia surpreendentemente modesta se se considerar o encanto que o Brasil desperta ultimamente na comunidade de negócios global. Tanto encanto que o único não brasileiro à mesa, Vikram Pandit, executivo-chefe do Citi, até exagerou: “O Brasil tem a confiança do mundo”. (Leia mais na Folha)

‘BRIGA ÁCIDA’ POR FURNAS É LAMENTÁVEL, DIZ TEMER
O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), repreendeu ontem “a briga lamentavelmente ácida” entre peemedebistas e petistas pelo comando de Furnas. Em entrevista à TV Estadão, em seu escritório de São Paulo, Temer afirmou que caberá ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), levar à presidente Dilma Rousseff três ou quatro nomes do partido com perfil técnico para que ela faça a escolha do novo presidente da estatal. A entrevista poderá ser acessada no portal de O Estado de São Paulo neste sábado, a partir das 15h. (Leia mais no Estadão)
BZ-Onde o PMDB mete a mão, sobra mal cheiro

IRRITADA, DILMA DEVE TROCAR TODA DIRETORIA DE FURNAS
Irritada com a confusão armada em Furnas, a presidente Dilma Rousseff passou boa parte da tarde de ontem em São Paulo discutindo o problema com o ministro Antonio Palocci (Casa Civil). Na próxima semana, a troca de comando na estatal deve ser sacramentada, com tendência de mudança de toda a diretoria. O governo avisou ao PMDB que não aceitará indicações do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que ostenta forte influência em Furnas. (Leia mais no Painel da Folha, íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL)
BZ-Outra boa ação da presidente Dilma. Limpe tudo presidente, o Brasil agradece.

FORÇA DIZ QUE IRÁ REAGIR AO ‘JOGO DURO’ DE DILMA SOBRE MÍNIMO
A Força Sindical prometeu ontem reagir à manutenção da proposta de R$ 545 como novo valor para o salário mínimo, sinalizada pela presidente Dilma Rousseff. As centrais defendem o valor de R$ 580. ”Se ela [Dilma] tiver jogando duro, vamos ter que ir para o Congresso, pressionar, fazer manifestações, pôr aposentados no Congresso”, disse o presidente da central, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP). Em Porto Alegre, Dilma afirmou que a oferta do governo para o mínimo está mantida nos R$ 545 e que uma discussão simultânea do reajuste da tabela do Imposto de Renda nas negociações “não é correta”. (Leia mais na Folha)
BZ-Macho man, sô!

HENRIQUE MEIRELLES IRÁ PARA A AUTORIDADE PÚBLICA OLÍMPICA
Dilma Rousseff bateu o martelo: Henrique Meirelles integrará o seu governo. Meirelles comandará a Autoridade Pública Olímpica (APO), órgão que coordenará as ações do governo para o planejamento e a entrega das obras necessárias à realização da Olimpíada 2016. Numa palavra, caberá a Meirelles tocar as obras dos Jogos, espantando o temor do atraso e do superfaturamento. (Blog de Lauro Jardim)
BZ-Boa escolha da presidente Dilma. Meirelles é um executivo inteligente e capaz, e deverá fazer um bom trabalho, sem corrupção, a exemplo do que fez no Banco Central.

2 comentários:

  1. Agora é pra valer
    Ao completar um mês desde que foi empossada, Dilma conseguiu estabelecer diferenças visíveis em relação ao seu antecessor, no estilo e na forma de governar. Ainda é cedo, entretanto, para se fazer comparações, principalmente porque o cenário político mudará bastante com o início dos trabalhos do Congresso e no Supremo. Com uma pauta recheada de assuntos polêmicos, as discussões nos dois poderes lançarão novos e complicados desafios para Dilma. Até aqui foi só aperitivo. A partir de agora é dose dupla, e as coisas tendem a esquentar de vez.

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  2. Movimento dos Sem Vez

    Diz a coluna "Panorama Político" de O Globo que os movimentos sociais estão inquietos com Dilma, porque não estão sendo recebidos pela presidente e não têm conseguido emplacar seus próprios nomes no governo. As maiores insatisfações viriam do MST e da UNE, que reclamam de estarem sendo colocados em segundo plano. O antecessor de Dilma acostumou muito mal essa turma, ao se dobrar sempre às reivindicações dos movimentos sociais, que pregavam a justiça social por intermédio da nomeação de "companheiros" para postos na administração. Se as insatisfações continuarem, será que eles farão passeatas nas ruas pelo direito à participação na partilha de cargos? Será que entoarão cantos de guerra do tipo "um dois três, quatro cinco mil, queremos um carguinho no governo do Brasil"?

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