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| "Muamar Kadafi louco" |
Giovana Sanchez Do G1, em São Paulo
Quando a televisão estatal líbia anunciou, nesta quinta-feira (25), que o ditador Muammar Kadhafi faria um pronunciamento, os líbios - e o mundo - esperavam para ver o que o homem que governa o país ha 42 anos teria para falar sobre a violenta crise política atual. A surpresa veio não de sua insistência em permanecer no poder - afinal, ele é um ditador -, mas dos argumentos para a revolta popular. Kadhafi disse que os rebeldes estão 'a serviço de Osama bin Laden' e que agem de maneira alucinada, sob o efeito de drogas.
Isso demonstra que o líder de 68 anos está num "estado emocional cada vez mais delirante" explica Ronald Bruce St John, especialista em Líbia e autor de 11 livros sobre o país. "A ideia de que o movimento opositor está sob o controle da al-Qaeda não faz o menor sentido. [...] Na realidade, a revolução popular foi motivada por um descontentamento com a fraude e corrupção de seu regime."
"Kadhafi está numa posição difícil e a natureza brutal de seu regime indica que ele deve ser acusado de genocídio ou outro crime contra a humanidade se permanecer na Líbia. Além disso, parece que virtualmente nenhum país do mundo daria asilo a ele. Consequentemente, ele deve ter poucas chances a não ser morrer na Líbia", diz Bruce. "Ele é um indivíduo teimoso e determinado que nunca teve medo de enfrentar grandes desafios. Mas, por outro lado, suas últimas declarações públicas mostram que ele perdeu a noção da realidade e pode ter se tornado mentalmente instável, se não desequilibrado."
BZ-Hoje pela manhã, na secção internacional, falamos que Kadafi tinha uma mente doentia. Agora a tarde, todos as principais agências de notícias fazem referência ao precário equilíbrio mental do ditador.Agora ele tenta comprar, com 400 dólares por pessoa, a simpatia do povo líbio, que ele deprezou nesses 42 anos de ditadura. A matança de menifestantes continua. Cresce a revolta e a repulsa dos líbios e do mundo em geral. Definitivamente é o fim.
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