SÍRIA: OPOSIÇÃO PLANEJA GRANDE PROTESTO CONTRA PRESIDENTE
O Globo
A oposição programa um grande protesto contra o governo do presidente Bashar al-Assad para o próximo sábado, na Síria, informa nesta segunda-feira a rede americana CNN.
Como em outros países do mundo árabe, a manifestação é organizada pela internet e busca melhorias na liberdade de expressão, no padrão de vida e nos direitos humanos no país.
Presidente desde 2000, Assad herdou o poder do pai, Hafez al-Assad, que governou a Síria por quase três décadas ininterruptamente.
A onda de protestos começou na Tunísia, com a queda do governo Ben Ali após 23 anos, e se alastrou por Iêmen, Jordânia, Argélia, Marrocos e, sobretudo, Egito .
Ainda não se sabe qual será a adesão na Síria, mas alguns milhares de pessoas já mostraram apoio às intenções da oposição no Facebook.
BZ-As manifestações populares na Tunísia já reultaram em queda do governo, as do Egito seguem no mesmo caminho, e agora temos manifestações na Síria. A tendência é de que todos os governos autoritários do mundo árabe(quase todos eles) sejam questionados por esse tipo de manifestação popular. DEMOCRACIA!
MAIS DE 2 MIL NORTE-AMERICANOS QUEREM DEIXAR O EGITO
O Departamento de Estado norte-americano disse que mais de 2.400 cidadãos do país entraram em contato com autoridades em busca de lugares nos voos fretados pelo governo dos Estados Unidos para retirar pessoas da nação africana. Segundo o órgão, mais de 220 pessoas já deixaram o território egípcio em voos especiais e mais embarques estão programados. A chancelaria dos EUA informou que espera evacuar cerca de 900 cidadãos norte-americanos do Egito hoje e outros 1 mil amanhã, enquanto manifestações contra o governo continuam a tumultuar o país. (Leia mais no A Tarde On Line)
BZ-Quando os americanos começam a deixar o país, são grandes as chances de agravamento da situação.
Xadrez egípcio
ResponderExcluirO Egito está em chamas. Na berlinda, os militares, que, espera-se, principalmente podem colocar a pá de cal sobre o moribundo governo de Hosni Mubaraki. Nesta luta, os EUA têm um importante papel, principalmente porque terão de abandonar sua política (em sua versão moderna herdada de Goerge W.Bush, depois do 11 de setembro) de apoio a governos não-democráticos em troca da represssão aos movimentos políticos islâmicos. Esta política, que contou com o apoio de aliados, como o Reino Unido, se mostrou nefasta, servindo para que ditadores corruptos e sanguinários se mantivessem no poder a sua custa (a ex-república soviética do Uzbequistão é um bom exemplo deste equívoco). O jogo é de xadrez no Egito - se a questão for malconduzida, a Sociedade dos Irmãos Muçulmanos, movimento radical nos moldes do Talibã, pode dar um xeque-mate no Ocidente e produzir um novo Afeganistão.