MUBARAK DIZ QUE QUER DEIXAR O PODER, MAS TEME O CAOS
France Presse
Washington - O presidente egípcio, Hosni Mubarak, disse nesta quinta-feira (3/2) em entrevista à rede ABC que deseja deixar o poder, mas teme o caos que pode ser criado caso o faça.
O ditador egípcio afirmou "estar cansado de ser presidente" e que gostaria de deixar o poder agora, mas não pode, por temer que o país afunde no caos, informou a repórter da ABC Christiane Amanpour, depois de 20 minutos de entrevista no Cairo.
"Não me importo com o que as pessoas dizem de mim. Agora eu estou preocupado com o meu país, eu me importo com o Egito", disse Mubarak, enquanto violentos protestos contra ele chegam ao décimo dia seguido.
Mubarak disse ainda que seu governo não é responsável pela violência na praça Tahrir, no Cairo, e culpou o grupo oposicionista Irmandade Muçulmana.
BZ-Há uma grande semelhança entre essa declaração e as recentes declarações do senador Sarney. Os tiranos agem sempre da mesma forma. "Ruim comigo pior sem 'migo' ". O ditador está no poder a mais de 30 anos, fez muito pouco pelo seu povo, consta que teria amealhado uma fortuna pessoal de mais de 40 bilhões de dólares, e quando questionado pelo povo, se sai com essas tiradas. Nessas horas a culpa é sempre da imprensa, que tem o péssimo hábito de noticiar e divulgar o sentimento popular.
IRÃ DIZ QUE HAVERÁ RENASCIMENTO ISLÂMICO NO ORIENTE MÉDIO
O Globo
O Irã disse nesta quinta-feira que os protestos contra o ditador Hosni Mubarak, no Egito, são sinal de um "renascimento islâmico" no Oriente Médio.
Pela TV estatal, o Ministério das Relações Exteriores iraniano expressou apoio ao levante e disse que os protestos levarão ao surgimento de "um Oriente Médio verdadeiramente independente e islâmico".
"O Irã apoia as reivindicações justas do povo egípcio e enfatiza que elas devem ser atendidas", diz a chancelaria em comunicado.
O texto pede que povos e governos do mundo condenem fortemente o que, para o Irã, são "ingerências de Israel e dos EUA" para "desviar o movimento de busca de justiça dos egípcios.
BZ-Esse é o grande risco. Com a saída de Mubarak, subir ao poder um tiranete aloprado tipo Ahmadinejad. Aí então a "emenda teria sido pior que o soneto".
DOIS PRESOS POLÍTICOS INICIAM GREVE DE FOME EM CUBA
O Globo
Dois presos políticos cubanos se declararam em greve de fome para pressionar o governo pela libertação de 11 opositores que se negam a aceitar uma oferta de partirem para o exílio, disse uma dissidente nesta quinta-feira.
O presidente Raúl Castro prometeu no ano passado à Igreja Católica que libertaria 52 presos políticos, com a condição de que fossem embora da ilha. Onze deles se recusam a viajar e permanecem presos.
Dois desses presos, Diosdado González e Pedro Argüelles, iniciaram no dia 1o uma greve de fome em suas celas. A mulher de González, Alejandrina García, já estava em jejum desde 28 de janeiro.
- Estou fazendo isso pela libertação do meu marido (...). Entendo que não posso mais continuar de braços cruzados diante de tanto silêncio do governo, da Igreja e também do governo da Espanha (destino dos dissidentes libertados) - disse García.
BZ-Vamos aguardar qual será a posição da presidente Dilma.
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