INTERNACIONAIS

24/02/2011



Kadafi e Ahmadijead, o próximo?



KADAFI TENTA MANTER CONTROLE DA CAPITAL DA LÍBIA

iG São Paulo |

Em meio ao aumento de pressão internacional e de deserções dentro do regime de Muamar Kadafi, no poder desde 1969, forças de segurança da Líbia tentam manter o controle da capital, Trípoli, e áreas no oeste do país em meio a informações de que a oposição controle a região oriental do país.

O ex-ministro da Justiça Mustafa Abdel Jalil, que renunciou ao cargo na segunda-feira, afirmou nesta quarta que a parte oriental "foi totalmente libertada do controle" de Kadafi, enquanto oficiais do Exército de Al-Jabal al Akhdar, no nordeste, anunciaram que se uniram aos manifestantes.

"Nós, os oficiais e os soldados das Forças Armadas na direção da região de Al-Jabal al Akhdar anunciamos nossa união total à revolução popular", disse nesta quarta-feira um porta-voz militar em um vídeo divulgado pelas emissoras "Al-Jazeera" e "Al-Arabiya". Em mais um sinal de deserção e da perda de força de Kadafi, pilotos da Força Aérea líbia se recusaram a bombardear Benghazi, a segunda maior cidade do país que está sob controle da oposição, e se ejetaram do caça que pilotavam.



Foquetes líbios em mãos de rebeldes



TRÍPOLI É PALCO DE TIROTEIOS; OPOSITORES TOMAM DIVERSAS CIDADES

Intensos tiroteios foram registrados nesta quarta-feira em Trípoli, enquanto forças leais ao ditador da Líbia, Muammar Gaddafi, apertam o cerco na capital do país. Manifestantes antigoverno também dizem terem assumido o controle de diversas cidades, um dia depois de o mandatário ter afirmado, em discurso, que morrerá em solo líbio como “mártir”. Enquanto moradores de cidades na região leste do país celebravam, levantando bandeiras da antiga monarquia, o clima em Trípoli era de desânimo. Habitantes estavam com medo de sair de casa, afirmando que forças pró-Gaddafi estavam abrindo fogo aleatoriamente nas ruas. A indignação internacional aumentou um dia depois de o ditador ter prometido defender seu regime e pedir para partidários que reprimam os manifestantes de oposição. Mesmo antes da ameaça, a retaliação de Gaddafi já era a mais forte no mundo árabe, desde que começaram a tomar as ruas revoltas antigoverno no Oriente Médio. (Agências)

FRANÇA DIZ QUE COMUNIDADE INTERNACIONAL DEVE INTERVIR NA LÍBIA

O ministro de Defesa francês, Alain Juppé, disse nesta quinta-feira que a comunidade internacional "deve intervir" na Líbia e manifestou que deseja que o líder do país africano, Muammar Kadafi, esteja vivendo "seus últimos momentos".

Em declarações à emissora France Inter, Juppé qualificou de "naturalmente inaceitável" o que está ocorrendo na Líbia, especialmente em alusão à intervenção dos militares contra a população civil.

"Quando um Governo não é capaz de proteger ele próprio a sua população, quando a agride, é quando a comunidade internacional tem o dever de intervir", resumiu o ministro. "Existe o Tribunal Penal Internacional e os criminosos são responsabilizados diante dela", acrescentou. (TERRA)
BZ-Ao que tudo indica, desta vez será difícil a permanência no poder, de Kadafi e seu clã. Ele já estaria usando tropas de mercenários (o último recurso). No plano externo com exceção dos aloprados de sempre, o mundo inteiro reprova a sangenta repressão e pressiona para que Kadafi deixe o poder. No front interno, drande parte do corpo diplomátidos e de militares líbios e muitos funcionários do governo, deixaram o governo e apoiaram os rebeldes. O grande complicante são os iúmeros filhos do ditador, muitos deles com idades entre 30 e 40 anos, que ainda querem lutar para manter os privilégios, pois acham que o que já roubaram do povo líbio, ainda é pouco..



Acapulco



PRESIDENTE DO MÉXICO CULPA EUA PELA VIOLÊNCIA NO PAÍS

O balneário de Acapulco, no oeste do México, vive mais um dia de violência. As autoridades anunciaram na quarta-feira que 11 pessoas foram mortas em menos de 24 horas. No final de semana, a cidade registrou pelo menos 13 assassinatos.

Segundo a polícia, muitas destas vítimas foram torturadas antes de morreram. Muitos corpos estavam mutilados para dificultar a investigação.

No entanto, o governo já sabe que os crimes foram cometidos por grupos de narcotraficantes que atuam na região. O principal objetivo é forçar moradores locais a pagarem uma "taxa de segurança".

O presidente também disse que Washington deveria prestar mais atenção no tráfico de armas que abastece o crime organizado do país vizinho. Em menos de cinco anos, o México contabilza 34 mil homicídios por conta da violência atribuída à luta contra os cartéis. (G1)