segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

INTERNACIONAIS

28/02/2011

EUA OFERECEM 'TODO TIPO DE AJUDA' CONTRA KADAFI
El País
Uma vez estabelecido unanimemente pelo Conselho de Segurança da ONU que Kadafi perdeu a legitimidade e merece acabar diante do Tribunal Internacional de Haya, os Estados Unidos se precipitaram a entrar em contacto com as forças rebeldes e a oferecer "qualquer tipo de assistência", segundo anunciou a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton. Ela, amanhã, se reunirá em Genebra com seus colegas árabes e europeus para coordenar a ajuda aos rebeldes.


Kadafi, o "cachorro louco"

KADAFI REPUDIA ONU E DIZ QUE "ABRIU FOGO" CONTRA REBELDES
Reuters |
O ditador líbio Muamar Kadafi repudiou no domingo as novas sanções da ONU contra ele e disse que um pequeno grupo de rebeldes protestando contra seu poder foi cercado e irá fracassar. Em entrevista por telefone à rede de televisão sérvia Pink, ele disse que a decisão do Conselho de Segurança da ONU no sábado de impor sanções a viagens e ativos dele e de aliados próximos é "inválida e vazia".
"A ONU não tem o direito de se intrometer nos assuntos internos de outros países, a menos que o país esteja sendo atacado por outro", disse Kadafi à emissora de TV com sede em Belgrado. A emissora disse que Gaddafi falou de seu gabinete em Trípoli, capital da Líbia.
Kadafi acusou o Conselho de "tomar decisões com base em notícias na imprensa" e disse que a ONU deveria investigar a situação na Líbia.
"O povo da Líbia me apoia. Pequenos grupos de rebeldes estão cercados", disse ele. "O exército e a polícia abriram fogo contra essas pessoas, esses bandos, mas apenas algumas pessoas foram mortas", acrescentou. Ele negou que exista qualquer conflito no momento, dizendo que "atualmente não há incidentes, a Líbia está absolutamente em paz". O líder líbio repetiu que não deixará o país: "Estou aqui, não vou sair", afirmou.

KADAFI AFIRMA QUE LÍBIA ESTÁ EM PAZ E QUE NÃO VAI SAIR
O presidente da Líbia repudiu a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, com sanções contra a Líbia.
Em entrevista a uma emissora com sede em Belgrado, ele afirmou que a decisão do Conselho foi tomada com base em notícias da imprensa. E que o povo líbio o apoia, e apenas pequenos grupos rebeldes promovem a discórdia, mas que a Líbia está em paz.
Kadafi disse que exército e polícia abriram fogo contra o "bando", mas que apenas algumas pessoas foram mortas. O presidente repetiu que não deixará a Líbia. (Band News)
BZ-Puro exercício de contra-informação, que mostra que o ditador Kadafi está delirante.

REBELDES TOMAM CIDADE NO OESTE DA LÍBIA; GADDAFI NÃO DESISTE
DA REUTERS, EM ZAWIYAH
Rebeldes armados adversários de Muammar Gaddafi assumiram o controle de Zawiyah, perto da capital Trípoli, no domingo, com o líder líbio novamente prometendo continuar no poder do seu governo, que já dura 41 anos.
"O povo quer a queda do regime", gritava uma multidão de várias centenas de pessoas, usando as palavras de ordem que ecoaram em todo o mundo árabe em protesto contra governos autoritários.
"Esta é a nossa revolução", acrescentavam, levantando o punho em celebração e desafio. Alguns se posicionaram em cima de um tanque capturado, enquanto outros se aglomeraram ao redor uma arma antiaérea. As mulheres estavam no topo de edifícios saudando os homens abaixo.
"A Líbia é a terra dos livres e honrados", lia-se em uma faixa. Outra representava a cabeça de Gaddafi com o corpo de um cachorro.
Buracos de bala marcavam prédios carbonizados em Zawiyah e veículos queimados haviam sido abandonados.
A cena, a apenas 50 quilômetros a oeste de Trípoli, foi mais um indício de que o poder de Gaddafi está se enfraquecendo.
Moradores de áreas de Trípoli montaram barricadas proclamando sua oposição ao governo, depois que as forças de segurança debandaram.
BZ-Toda a parte leste (o lado direito do mapa), onde estão os campos de petróleo e os terminais marítimos exportadores de óleo e gás, já está controlada pelo povo líbio contra Kadafi. A cidade de Zawyah está apenas a 50 km de Trípoli, a capital ainda sob controle de Kadafi, mas já sob disputa com as tropas populares.  

Populares líbios, armados e preparados para o
confronto final com o ditador Kadafi

LÍBIOS TRAÇAM TÁTICA DE GUERRILHA PARA DERRUBAR KADAFI NA ''BATALHA DE TRÍPOLI''
Andrei Netto - O Estado de S.Paulo
"Não temos medo, não temos fome, não temos sede, não temos cansaço. Por muitos anos tivemos nossas cabeças na alça de mira de Muamar Kadafi. Agora chegou a hora da liberdade." A frase, dita por um rebelde líbio na noite de sexta-feira, enquanto dirigia em meio ao Saara, resume o estado de espírito dos insurgentes. Eles já dominam grande parte do interior da Líbia e preparam a tomada de Trípoli.
Reunidos às centenas em cada vilarejo, armados de fuzis AK-47 e espingardas de caça e comunicando-se por meio de rádios e celulares, os revoltosos coordenam ações para o que chamam de "batalha de Trípoli", o assalto simultâneo da capital nos próximos dias, com o qual pretendem encerrar os mais de 41 anos do regime de Kadafi.
A reportagem do Estado ingressou no oeste da Líbia, uma região que Kadafi ainda considera sob seu completo controle. A realidade é diferente do discurso oficial. Em diferentes cidades e vilarejos, grupos revoltosos abafam - pela dissuasão ou pela força, com um mínimo de vítimas possível - a resistência de tribos vizinhas ainda fiéis ao coronel.

MINISTRA BRASILEIRA CRITICA ELO DE EUA E EUROPA COM KADAFI
Jamil Chade - O Estado de S.Paulo
Em visita a Genebra, a ministra dos Direitos Humanos do Brasil, Maria do Rosário (foto), criticou europeus e americanos "por terem apoiado por anos regimes autoritários que atendiam a objetivos estratégicos de Washington, Paris ou Londres". Hoje, ela participa da reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU. A ministra criticou ainda os que defendem uma intervenção internacional para tentar frear a violência. "As intervenções em geral também produzem crises de direitos humanos."

Populares protestam no Bahrein
A IMPORTÂNCIA DO BAHREIN
Do Blog do Lampreia*
Com a estabilização do quadro no Egito, agora governado por uma junta militar, o foco das atenções no Oriente Médio passou passou para a Líbia, onde está em curso a tragédia da resistência de Kadafi - cada vez mais o "cachorro louco", como dizia Ronald Reagan.
Pouca atenção tem sido prestada ao Bahrein, cuja importância estratégica e geopolítica não pode ser ignorada. Afinal, é a base da 5ª Frota americana, tem uma população xiita governada por uma monarquia sunita.
Trata-se de um país pequeno e contínguo à Arábia Saudita - uma monarquia sunita - à qual é ligado por uma ponte. Por isso, o desenrolar dos eventos aí é muito importante na medida em que pode repercutir sobre a Arábia Saudita, o país chave de todo o mundo árabe, por ser o mais rico e o maior produtor mundial de petróleo.
O Irã - este grande pescador de águas turvas, cuja influência é muito grande entre os xiitas, - está atrás de todas as oportunidades para desastabilizar seus adversários na região, entre os quais a Arábia é o mais poderoso. E o Bahrein pode ser uma grande oportunidade.
(*)-Luiz Felipe Lampréia, embaixador de carreira e ex Ministro das Relações Exteriores.

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