28/02/2011
DILMA ENQUADRA MINISTRO, E ELE LUTA PARA FICAR
Após a última bronca que tomou no Planalto, advertido por Antonio Palocci (Casa Civil) que deveria cessar a hostilidade contra Henrique Meirelles, o ministro Orlando Silva (Esporte) desistiu da Autoridade Pública Olímpica. Caiu a ficha: é melhor tentar preservar o cargo de ministro, com seus encantos e mordomias, do que continuar irritando a presidenta Dilma. Ela ainda o considera “atravessado na garganta”.
Neutralizados. O PCdoB, de Orlando Silva, ajuda o ministro a tentar ficar no emprego: jurou que não se rebelará contra a MP da Autoridade Pública Olímpica.
BZ-Esse ministro já passou do tempo de "pedir o boné" e ir para casa. O duro é que ninguém quer largar a "boquinha".
BZ-Esse ministro já passou do tempo de "pedir o boné" e ir para casa. O duro é que ninguém quer largar a "boquinha".
Mantega, o saudoso |
PRIMEIRAS AÇÕES DE DILMA PARECEM GOVERNO ‘LULA 3′, DIZ MANTEGA
Cortes, aumento de juros, reajuste contido do salário mínimo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, diz que esses primeiros movimentos do novo governo não significam virada na economia, nem choque ortodoxo.Para ele, há apenas continuidade: “o governo Dilma não é nem parecido nem com Lula 1 nem com Lula 2. É parecido com Lula 3″. Mantega diz, porém, que é hora de um recuo do Estado. As taxas de juros do BNDES vão subir e o ministro espera que as empresas busquem financiamento privado. O titular da Fazenda afirma que não está puxando o freio de mão da economia, mas acrescenta que o Brasil ainda não tem condições de crescer 7,5% por conta dos gargalos estruturais. (Folha)
PARA SUAVIZAR DESGASTE DE CORTE, DILMA ENSAIA ”PACOTE DE BONDADE”
Dois meses após tomar posse, a presidente Dilma Rousseff tentará amenizar o impacto do anúncio do corte de R$ 50 bilhões no Orçamento entregando um pacote de bondades, em março. A estratégia mostrará Dilma mais próxima da população de baixa renda justamente no mês da mulher. Em visita a Irecê (BA), na terça-feira, ela divulgará a medida mais esperada: o reajuste do Bolsa Família, vitrine social do governo Lula. O último aumento foi dado em setembro de 2009. De lá para cá, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE, ficou em 9,53%. Encravada no sertão baiano, Irecê integra o Polígono das Secas no Nordeste e é administrada pelo PT. Lá, 7 mil famílias são beneficiadas pelo maior programa de transferência de renda do governo. Hoje, o Bolsa Família paga benefícios que vão de R$ 22 a R$ 200 e atende 12,9 milhões de famílias. Primeira mulher eleita presidente do Brasil, Dilma decidiu aparecer mais no mês dedicado a “elas”. Acostumada a reuniões de gabinete, ela aproveitará o mês da mulher para promover atividades e lançar programas. O Dia da Mulher é comemorado em 8 de março, mas, como neste ano cairá na terça-feira de Carnaval, a presidente vai estender as comemorações. Em Irecê, após acompanhar trabalhadoras rurais no “Expresso Cidadã” – ônibus que faz mutirão pelo País para atender mulheres em busca de documentos -, Dilma também assinará convênios. Vai registrar, por exemplo, um contrato do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) feito sob medida para mulheres e vai visitar uma feira de produtos agrícolas organizada por beneficiárias de programas. (Estadão)
BZ-É possível que a presidente Dilma anuncie algumas dessas "bondades" amanhã, em sua visita à Bahia.
VOTAÇÃO SOBRE IRÃ É 1º TESTE DE DILMA NA ONU
A Organização das Nações Unidas (ONU) realiza amanhã em Genebra sua sessão mais importante de direitos humanos no ano, com a situação na Líbia, Oriente Médio e Irã na mesa de discussão. A expectativa é ver como a diplomacia brasileira vai se posicionar e qual será a mensagem que Dilma Rousseff enviará à comunidade internacional. O Brasil será representado pela ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, escalada para apresentar pela primeira vez no novo governo a visão do Palácio do Planalto na ONU. A ministra discursará no Segmento de Alto Nível do Conselho. O encontro com a cúpula da ONU terá a presença da secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton, da chefe da diplomacia da Europa, Catherine Ashton, e de ministros do Irã, Venezuela, China e Rússia. (Estadão)
BZ-O discurso da ministra brasileira não deverá ser lá muito agradável às grandes potências, a julgar pela declaração dela que está na secção internacional desta edição.
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