quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

NACIONAIS

09/02/2011


DILMA SANCIONA ORÇAMENTO E GOVERNO ANUNCIA CORTES
Dilma Rousseff programou para esta quarta (9) a sanção do Orçamento da União de 2011, aprovado pelo Congresso em dezembro passado.
A sanção converte o projeto em lei. A presidente vinha protelando a providência. Antes, queria saber o tamanho do corte de gastos que terá de fazer.
Uma vez sancionado o Orçamento, os ministérios do Planejamento e da Fazenda ficam liberados para descer a faca.
Prevê-se que o anúncio dos cortes deve ser feito também nesta quarta, o mais tardar na quinta (10). Um auxiliar de Dilma disse ao blog que o talho roça os R$ 50 bilhões.
A cifra é bem maior do que a estimativa de corte feita no início de janeiro. Dizia-se, então, que a poda dos gastos oscilaria entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões.
BZ-A presidente Dilma está tendo a coragem cívica de fazer os cortes orçamentários necessários ao combate a inflação, mesmo que isso possa desagradar alguns aliados. O antecessor não teve essa coragem. 

DILMA DECIDE VETAR EMENDA DO CONGRESSO DE ACRÉSCIMO DE R$ 100 MILHÕES AO FUNDO PARTIDÁRIO
Durante reunião hoje para discutir os cortes do orçamento de 2011, a presidenta Dilma Rousseff decidiu vetar emenda apresentada pelo Congresso de acréscimo de R$ 100 milhões para o Fundo Partidário.
O total previsto para o Fundo Partidário era de R$ 165 milhões originalmente, mas, no final do ano passado, a Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional tinha aprovado uma emenda de acréscimo de R$ 100 milhões.
A emenda tinha sido aprovada por unanimidade, inclusive pelo PT.
A decisão de veto de Dilma deve desgradar os partidos políticos.
O fundo partidário é um fundo especial de assistência aos partidos políticos. (IG)
BZ-Novamente a presidente Dilma demonstra sensatez: se estamos fazendo cortes no Orçamento, em assuntos importantes, como justificar aumento de verbas para os partidos? Será que alguém de sã consciência, é capaz de explicar para que serve tantos partidos políticos?

DILMA NOMEIA 75% MAIS MULHERES QUE ANTECESSOR NO 1º MÊS
Em seu primeiro mês de governo, a presidente Dilma Rousseff conseguiu imprimir pelo menos uma diferença em relação ao padrinho político Lula, além do estilo mais técnico e reservado: a nomeação de mulheres no segundo escalão da administração federal cresceu 75%. Para chegar ao índice, a Folha fez um levantamento considerando todas as nomeações publicadas em “Diário Oficial” desde 1º de janeiro para cargos de chefia e direção de autarquias e estatais e para os DAS (cargos comissionados) níveis 5 e 6 na administração federal. Até 4 de fevereiro de 2003, o ex-presidente Lula ou seu então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, assinaram apenas 44 nomeações de mulheres para esses cargos, num universo de 271 atos publicados em “Diário Oficial”. A participação feminina representava, portanto, 16,2% do total. Com Dilma, o número de mulheres nomeadas no mesmo período é de 68, mas num total menor de nomeações (240). Ou seja, 28,3% das nomeações de Dilma para o segundo escalão do governo é de mulheres. (Folha)

APÓS TENSÃO, DILMA CHAMA LOBÃO PARA DISCUTIR APAGÃO NO NORDESTE
Passada a tensão provocada na semana passada pelo apagão que atingiu o Nordeste do País, a presidenta Dilma Rousseff alterou sua agenda original e incluiu na tarde desta terça-feira uma audiência com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Embora o assunto do encontro não tenha sido divulgado oficialmente, fontes do Planalto confirmaram que o plano é discutir a falha de abastecimento que atingiu vários Estados nordestinos. A reunião ocorre após Dilma ter deixado clara nos bastidores sua insatisfação com a forma como o assunto do apagão foi tratado. De acordo com interlocutores, a presidenta não se convenceu de explicações que foram dadas sobre o tema e cobrou dos responsáveis do setor elétrico justificativas melhores para o problema. O encontro não estava na agenda desde cedo. As falhas de energia que atingem a capital paulista na tarde desta terça-feira não estavam na pauta quando foi combinado o encontro. (iG)
BZ-Os noticiários desta manhã, dão conta de que a reunião demorou 3 horas, a presidente Dilma deu um carão em regra nos seus auxiliares, e o ministro Lobão saiu pelos fundos do palácio, para não falar com a imprensa.

INFLAÇÃO É A MAIOR DESDE 2005.
O IBGE divulgou a taxa oficial de inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Registrou variação de 0,83% no mês de janeiro. Trata-se da maior taxa desde abril de 2005 (0,87%).
Foi tonificada por aumentos nos preços dos transportes e dos alimentos. O IBGE estima que o índice de fevereiro pode ser, de novo, salgado.
Por quê? Vai incorporar, entre outros, os gastos com material escolar. Ouvido, o ministro Guido Mantega (Fazenda) derramou-se em otimismo.
Disse que a má notícia de janeiro já era esperada. E vaticinou: "A tendência é de arrefecer essa inflação... transportes a partir de março, abril, caem".
BZ-Taí outra "herança bendita" deixada pelo antecessor falastrão. Pode escrever: várias outras aparecerão, questão de tempo.

PRESIDENTES DO SENADO E DA CÂMARA DISCUTEM REFORMA POLÍTICA COM DILMA
A reforma política foi pauta central do encontro entre a presidenta da República, Dilma Rousseff (PT), e os presidentes do Senado Federal, José Sarney (PMDB), e da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT), nesta terça-feira, no Palácio do Planalto. Na oportunidade, tanto Sarney quanto Maia comentaram ainda a mensagem encaminhada ao Congresso Nacional na semana passada pela presidenta Dilma. As informações são do deputado Marco Maia, que concedeu entrevista coletiva após a audiência. “Nós viemos aqui fazer uma visita à presidenta Dilma e ao mesmo tempo nos colocar à disposição para a discussão e para o debate dos temas de interesse do governo na Câmara e no Senado. Tratamos um pouco da reforma política, que é uma das questões que foi apresentada pela presidenta Dilma Rousseff na Mensagem Presidencial”, disse o parlamentar.

2 comentários:

  1. Dragão tem fome

    A divulgação dos últimos números da inflação revela que o problema da alta de preços vem atingindo principalmente as classes de renda mais baixa, principalmente porque os gastos com alimentação é que estão puxando os índices para cima.

    Depois de 15 anos vivendo sem inflação, os brasileiros pareciam já ter esquecido deste mal que consome o crescimento do País e afeta principalmente o assalariado.

    O dragão já começa a cuspir fogo, embora ainda brando. Espera-se que o ministro Guido Mantega (Fazenda) não subestime o risco inflacionário e nem a força do dragão que desde o ano passado vem ganhando nova musculatura pra voltar a assustar o País.

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  2. A mãe de todas as reformas

    Muito se tem falado sobre reforma política, considerada prioritária por dez entre dez parlamentares, além da presidente Dilma, do vice-presidente, Michel Temer, e até mesmo por ex-presidentes.
    "Veja" inclusive traz em sua última edição uma interessante radiografia do novo Congresso, revelando os problemas causados pelas atuais regras do sistema representativo brasileiro.
    Segundo a revista, dos 513 deputados da atual legislatura, apenas 36 se elegeram com votos próprios: os 477 restantes obtiveram o mandato graças ao coeficiente eleitoral, no qual os votos dados a outros políticos ou às legendas é que os elege.

    Muito se tem falado em adotar o voto distrital puro ou misto, além de outros temas como financiamento público, janela para mudança de legenda, entre outras propostas. Em um assunto tão árido e sobre o qual não existe entendimentos ou consensos, apenas uma coisa parece certa: que dificilmente qualquer mudança na legislação eleitoral será aprovada neste primeiro semestre.

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