LICITAÇÃO SUSPEITA DE FRAUDE FOI VENCIDA POR DONA DE CASA
As licitações que levaram a Polícia Civil e o Ministério Público a investigar o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Barros Munhoz (PSDB), tiveram concorrência simulada e foram vencidas por empresas cujos donos eram laranjas. A Folha revelou ontem que Munhoz é acusado de participar do desvio de R$ 3,1 milhões da Prefeitura de Itapira (SP), município que administrou até 2004. Segundo a denúncia do Ministério Público, foram feitos dezenas de depósitos em dinheiro na conta do deputado, totalizando R$ 933 mil. As quatro licitações investigadas foram vencidas pela Conservias, empresa que tinha como sócia uma dona de casa que vive na periferia de Campinas e diz nunca ter ido ao município de Itapira. Joleide Ramos Lima afirmou à Folha que apenas “emprestou” sua assinatura para abrir a empresa, e que nunca tratou de temas relacionados a ela. Ela disse ter sido convencida a assinar os papeis pelo administrador de fato da empresa, José Cardoso, amigo da família havia 20 anos e que já morreu. Leia mais na Folha.
EX-GOVERNADOR DE SERGIPE ACUMULA DUAS APOSENTADORIAS
Ex-governador e ex-senador de Sergipe, Albano Franco (PSDB), 70, acumula desde fevereiro duas aposentadorias, uma pelo Senado e outra pelo governo do Estado. Por mês, o político recebe R$ 38 mil. O Ministério Público Federal diz que vai analisar o caso e verificar se o acúmulo é legal. Em 2008, Franco já havia sido alvo de uma ação da Procuradoria, que questionou o fato de ele ganhar acima do teto do funcionalismo. À época, o político acumulava a aposentadoria de ex-governador com o salário que recebia como deputado federal e teve que devolver parte dos pagamentos. Hoje, Franco, que governou Sergipe de 1995 a 2002, recebe R$ 24.117,62 mensais do Estado, garantidos por uma pensão vitalícia criada para ex-governadores. Ele é um dos seis ex-ocupantes do cargo que recebem o pagamento em Sergipe. Já a aposentadoria pelo Senado começou no mês passado. Ele já havia recebido o benefício de 1995 a 2007, mas, segundo o Senado, havia pedido a suspensão quando assumiu o cargo de deputado. Leia mais na Folha.
CNM APONTA QUE 84 PREFEITOS ELEITOS EM 2008 FORAM CASSADOS
Dos 5.563 prefeitos eleitos em todo o País em 2008 e que tomaram posse em 2009, 128 já não estão mais no exercício do mandato. O levantamento foi feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), que levou em conta dados até fevereiro deste ano. O principal motivo para as mudanças foi a cassação de mandato: 65,6% dos casos, o equivalente a 84 dos 128 casos registrados pela CNM. As cassações por infração à legislação eleitoral correspondem a 36,9% dos casos, e os atos por improbidade administrativa, a 38,1%. Segundo o levantamento, em 19 municipios o prefeito eleito faleceu – quatro foram assassinados, três morreram em acidentes e 12 faleceram por causas naturais. A renúncia para concorrer a outros cargos afastou 13 prefeitos e outros dois afastaram-se por problemas de doença. (Terra)
MINISTÉRIOS DO ‘NADA’ SORVEM R$ 100 MI EM ALUGUÉIS
Lula Marques/Folha
Deve-se aos repórteres Leandro Colon e Tânia Monteiro a revelação do penúltimo descalabro.
A dupla conta que a Esplanada dos Ministérios ficou pequena. Para abrigar as novas pastas, o governo aluga prédios noutras partes de Brasília.
Os alugueis custam à Viúva cerca de R$ 9 milhões por mês. Mais de R$ 100 milhões por ano.
O brasileiro paga a conta e não consegue nem lembrar os nomes dos ministros. O pais passou a conviver com ministérios do Nada.
São pastas ocupadas por senhores e senhoras do Nada. Quem tenta olhar enxerga o Nada. É como se não houvesse corpos nas cadeiras.
Embora invisíveis, eles têm um custo. Tome-se o exemplo do Ministério da Pesca.
A atual titular da pasta, Ideli Salvatti (PT-SC), dá expediente na Esplanada, junto com 67 assessores.
Longe dali, outros 374 servidores ocupam um prédio de 14 andares. Alugado, custa R$ 575 mil por mês em aluguel –R$ 7 milhões por ano.
Criado por Lula, o Ministério da Pesca começou com um orçamento anual de R$ 11 milhões. Decorridos oito anos, gasta agora R$ 803 milhões.
O salto orçamentário não se refletiu na produção nacional de pescado. Era de 990 mil toneladas há oito anos. Hoje, permanece no mesmo patamar.
O Brasil já teve 12 ministérios. Sob FHC, o número de pastas foi a 26. Lula criou mais 11, legando para Dilma Rousseff 37 ministérios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Espaço aberto para o leitor contribuir com o debate de forma qualificada. (O autor da matéria comentada ou o editor do blog dará uma resposta explicativa ao comentarista sempre que houver necessidade, abaixo do comentário).