BENGHAZI - Os comitês militares que se formaram em Benghazi, principal reduto dos rebeldes que lutam contra o ditador Muamar Kadafi, estudam pedir apoio a governos estrangeiros para combater as forças do regime, inclusive a realização de ataques aéreos contra instalações militares do coronel. O argumento dos insurgentes é de que as tropas leais ao coronel dispõem de armas e equipamentos mais fortes.
"Queremos uma intervenção logística estrangeira, embargos aéreos, bombardeios em bases militares e de comunicação e supervisão na costa do país", disse Muftah Queidir, um rebelde próximo dos líderes que controlam Benghazi. "Do contrário, a luta vai demorar muito e não vai acabar, e mais pessoas vão morrer", afirma. "Os dois lados não são iguais. Deve haver uma intervenção autorizada pela ONU", completou. (ESTADÃO)
LÍBIA: MILITARES REFORMADOS SE ORGANIZAM PARA LUTA FINAL
Deborah Berlinck, O Globo
Militares reformados estão tirando do armário seus velhos uniformes e preparando-se para o que esperam ser a batalha final de derrubada do regime de Muamar Kadafi. Magrinho, aos 66 anos, Atia Mansuri - ex-piloto da força aérea da Líbia - conseguiu entrar no seu desbotado macacão verde de piloto, com duas estrelas em cada ombro, e apresentou-se num ainda caótico comando de uma base militar de Benghazi:
- É a primeira vez que ponho este uniforme depois de muitos anos - dizia.
Treinado na França nos anos 70 para comandar caças Mirage, há anos Mansuri não pilota um avião. Mas garante estar preparado para derrubar o ditador:
- Cinco a seis bases aéreas do país estão agora funcionando. Estamos criando um conselho militar para nos organizarmos, abrindo casernas. Vamos nos defender até o último homem.
A Assembleia Geral da ONU decidiu por unanimidade, nesta terça-feira, suspender a Líbia do Conselho de Direitos Humanos da entidade, por conta da violência usada pelas forças de segurança do país contra manifestantes antigoverno nas últimas semanas, que deixou centenas de mortos no país do norte da África. A assembleia de 192 membros aprovou a resolução de suspensão em consenso, sem nenhuma votação, após o secretário-geral Ban Ki-moon pedir ao grupo para “agir decisivamente” contra as ações do ditador Muammar Kadhafi. Kadhafi, no poder desde um golpe de estado em 1º de setembro de 1969, segue cada vez mais pressionado pelos rebeldes antigoverno, que tomaram boa parte do país a partir de Benghazi, no leste, e agora ameaçam a capital, Trípoli. Também cresce a pressão externa sobre o regime, que já sofreu deserções de funcionários, diplomatas e líderes tribais e religiosos. (G1 e agências internacionais)
IRÃ USA BOMBAS DE GÁS CONTRA MANIFESTANTES
O Globo
Forças de segurança iranianas dispararam bombas de gás lacrimogêneo e entraram em choque nesta terça-feira com manifestantes que pediam em Teerã a libertação de dois líderes oposicionistas, segundo o site Kaleme.
Outro site da oposição, o Sahamnews, informou que agentes de segurança em grande número se espalharam pelas principais ruas e praças da capital do Irã para "impedir reuniões de oposicionistas".
Os ex-candidatos presidenciais Mirhossein Mousavi e Mehdi Karoubi não são vistos em público desde que lançaram uma convocação para um protesto em 14 de fevereiro. Durante a manifestação, milhares de seus partidários saíram às ruas em solidariedade com os levantes no mundo árabe.
Antes tarde do que nunca
ResponderExcluirOntem a Assembleia Geral da ONU votou pela suspensão da Líbia do Conselho de Direitos Humanos da entidade. A decisão veio na onda da brutal repressão aos protestos no país. Mas, venhamos e convenhamos, o que a Líbia, que tem Muamar Kadafi há décadas como ditador, estava fazendo, em primeiro lugar, naquele Conselho?
Milicianos nas Forças Armadas
ResponderExcluirO "milico doido" da Venezuela, com a aprovação do Congresso comprometido de lá, já está oficializando a inclusão de milicianos nas Forças Armadas daquele país. Infelizmente, os venezuelanos estão caindo nos porões de uma ditadura ao estilo cubano. Os militares, enfraquecidos, não estão reagindo à essa situação. Aqui no Brasil estão tentando fazer a mesma coisa. Nossas Forças Armadas são provocadas constantemente, cortes de verbas para reequipagem, alimentação e instrução, tentativas de desmoralização, etc. Os milicianos daqui, certamente, serão militantes do MST que já se preparam, há anos, com treinamentos, marchas, invasões, confrontos e outras arbitrariedades sem punição. Cabe aos oficiais generais das três Forças ficarem de olho aberto para que suas fardas não sejam trocadas de cores do verde, azul e branco para o vermelho. Olho vivo !!!