VOTO DO BRASIL INDICA MUDANÇA SOBRE IRÃ
Lisandra Paraguassú - O Estado de S.Paulo
Uma votação no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, pode marcar hoje, pela primeira vez, a mudança de posição do Brasil em relação ao Irã.
A proposta de enviar um relator especial ao país do Oriente Médio para investigar as denúncias de violações de direitos humanos deve receber o apoio do Brasil, seja em votação regular, seja em decisão de consenso que ainda está sendo negociada no conselho. A resolução está longe de ser uma condenação, o que facilita a posição brasileira. Ainda assim, o apoio brasileiro à iniciativa pode ser considerado o primeiro sinal de um "ajuste", como define o Itamaraty, na resposta do País a problemas na área de direitos humanos.
Nos últimos 10 anos, o Brasil se absteve em votações que condenavam o Irã ou era contrário a resoluções, como no caso das últimas sanções aprovadas no Conselho de Segurança da ONU, em junho. Nas abstenções anteriores, na Assembleia-geral das Nações Unidas, a alegação brasileira era a de que esse não era o fórum adequado para a discussão. Em 2010, o Brasil aplicou as sanções aprovadas para tentar interromper o avanço do programa nuclear iraniano, mas foi contrário na votação com a justificativa de que as medidas "não eram um instrumento eficaz".
PELA 1A. VEZ, BRASIL DEFENDE SAÍDA DE KADAFI DO PODER
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou ontem que o governo brasileiro espera uma “transição benigna na Líbia” e que a duração da crise política no país é “imprevisível”. Desde o início do conflito líbio, é a primeira vez que uma manifestação do Itamaraty aponta para a saída do ditador Muammar Gaddafi, no poder desde 1969. A declaração de Patriota foi feita um dia após nota oficial em que o Brasil defendia “cessar-fogo” -inclusive do bombardeio que pode levar à queda do ditador. “Esperamos que haja o mínimo de violência, o mínimo de derramamento de sangue e que se estabeleça processo político que leve a uma transição benigna”, disse o chanceler durante aula inaugural na Faculdade de Relações Internacionais da USP. (Folha)
ATAQUES DA COALIZÃO DESTRUÍRAM FORÇA AÉREA DE KADAFI, DIZ GENERAL BRITÂNICO
Andrei Netto - O Estado de S.Paulo
Ainda em meio a um impasse político, a coalizão militar liderada por EUA, França e Grã-Bretanha anunciou ontem ter destruído a capacidade operacional da Força Aérea da Líbia. Segundo Londres, os aviões aliados transitam pelo país sem nenhuma resistência, nem mesmo de baterias antiaéreas, o que lhes permitiu atacar tanques e tropas fiéis ao líder Muamar Kadafi.
O balanço dos bombardeios foi divulgado na base de Gioia del Colle, na Itália, pelo general britânico Greg Bagwell. Segundo ele, as forças aliadas já sobrevoam os céus da Líbia sem serem ameaçadas.
GADDAFI ATACA HOSPITAL QUE ATENDE REBELDES NA LÍBIA
Forças leais ao ditador Muammar Gaddafi atacaram nesta quarta-feira o principal hospital de Misrata, terceira maior cidade do país, informaram as agências de notícias Reuters e France Presse e a rede Al Jazerra, do Qatar. O hospital atende sobretudo rebeldes feridos nos confrontos contra as tropas governistas. Um porta-voz rebelde disse por telefone à agência France Presse que o hospital havia sido bombardeado, assim como várias casas na cidade. – A situação está péssima e muito grave aqui em Misrata. Os tanques estão bombardeando tudo. Esses bombardeios acontecem depois que as forças da coalizão atacaram tropas terrestres do coronel Gaddafi, principalmente em Misrata. Segundo um médico, 17 pessoas, entre elas cinco crianças, morreram nesta terça-feira por ação de franco-atiradores e morteiros lançados pelas forças governamentais. Leia mais no R7.
ARÁBIA SAUDITA PRENDEU 100 MANIFESTANTES, DIZ SITE
O site de notícias Rasid, favorável aos xiitas, informou que a polícia da Arábia Saudita deteve cerca de 100 pessoas que participaram de uma manifestação realizada neste mês. O site cita ativistas de direitos humanos não identificados, dizendo que alguns dos detidos são das cidades ocidentais de Qatif e al-Hasa, predominantemente xiitas. Os ativistas disseram ao Rasid que foram detidos depois de participarem de uma manifestação este mês para exigir a libertação de prisioneiros políticos e para protestar contra a discriminação no trabalho, nos setores público e privado. Rica em petróleo, a Arábia Saudita é governada por uma monarquia tribal. No início do mês, o rei prometeu bilhões de dólares em empréstimos, aumentos de salário e emprego para acalmar os dissidentes. Funcionários do site Rasid não puderam ser contatados para falar sobre o assunto e um porta-voz do governo negou-se a comentar a denúncia. (AE e AP)
BZ-Os países árabes gostaram dos protestos, e um a um, seus povos vão manifestando suas insatisfações. Nem a "estável" Arábia Saudita parece escapar da atual tendência.
OPERÁRIOS DE FUKUSHIMA SÃO HOSPITALIZADOS POR RADIAÇÃO EXCESSIVA
Dois operários da usina nuclear de Fukushima foram hospitalizados nesta quinta-feira por terem sido expostos à radiação excessiva enquanto trabalhavam para levar cabos elétricos ao reator número 3, informou a emissora de televisão NHK. Os dois funcionários, junto com um terceiro trabalhador que não precisou ser levado ao hospital, receberam radiação entre 170 e 180 milisievert, segundo a NHK, que cita fontes da Agência de Segurança Nuclear do Japão. (Terra)
JAPÃO: FUKUSHIMA SOFRE 2 FORTES TERREMOTOS DE 6 E 5,8 GRAUS
Dois fortes terremotos de magnitude 6 e 5,8 graus na escala Richter ocorreram na manhã de quarta-feira (noite [ontem] no Brasil) em uma ampla área do nordeste japonês, sem que, aparentemente, causassem danos. Segundo a televisão pública japonesa NHK, o maior dos tremores, de 6 graus, foi registrado às 7h12 local (19h12 de Brasília) e seu epicentro foi localizado ao sul da província de Fukushima – região castigada pelos problemas nucleares. Apesar dos terremotos, os trabalhos de recuperação na usina não foram atrapalhados, de acordo com a Agência para a Segurança Nuclear do Japão. (Estadão)
BZ-Como sabemos, tudo é relativo. Em qualquer lugar do mundo, terremotos ou tremores de terra da magnitude maior que 5, já representam uma tragédia, no traumatizado Japão, essas coisas são apenas "réplicas".
BZ-Como sabemos, tudo é relativo. Em qualquer lugar do mundo, terremotos ou tremores de terra da magnitude maior que 5, já representam uma tragédia, no traumatizado Japão, essas coisas são apenas "réplicas".
Contrariando todas as leis da convivência entre as nações e da autodeterminação dos povos, os países ditos "civilizados" movem uma nova cruzada no oriente médio, deta feita contra a Líbia. Motivo? Defenestrar Kadafi, um coronel há 40 anos no poder, nacionalista, um dos poucos que apoiam, de fato, a causa palestina e, parece-me, dá ao seu povo uma participação mais significativa na extração do bom petróleo que existe nos desertos do país. Não há que negar que comanda um regime ditatorial, em nada diferente dos que pululam naquela região, amigos dos USA e Europa, por isso tratados com deferência, mesmo reprimindo e matando civis desarmados, que desejam mudanças e clamam por pão e liberdade. O mais clamoroso de tudo isso é o silêncio de muitas nações que se dizem democráticas ante fatos que bem lembram as ações de Hitler, nos idos de 30 e 40. Ontem foi o Iraque e o Afeganistão, agora o Paquistão e a Líbia. Onde dar-se-á o próximo ataque?
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