“DILMA NÃO É, NEM QUER SER LULA”, DIZ MINISTRO PAULO BERNARDO
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, egresso da equipe de Lula e mantido na Esplanada por Dilma Rousseff, avalia que a presidente tem melhores condições de obter bons resultados de governo do que o próprio antecessor. – Dilma encontrou um cenário econômico e político muito melhor do que Lula, além de pode contar com uma transição incomparavelmente mais fácil. Bernardo comandou a pasta do Planejamento durante mais de cinco anos, durante o governo do ex-presidente Lula. O ministro também destaca que Dilma vem firmando uma imagem própria, sem incorrer no erro político de concorrer com a do padrinho, – Ela não é, nem quer ser o Lula. Outra razão para o otimismo de Paulo Bernardo estaria nas perspectivas para a segunda fase do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). – Vocês vão ver, o PAC vai bombar. O programa foi recentemente poupado dos cortes de verbas previstos para 2011, mas enfrenta dificuldades burocráticas e de execução orçamentária. (R7)
VISITA DE OBAMA É TESTE PARA DIPLOMACIA BRASILEIRA
Eliane Oliveira, O Globo
O governo brasileiro espera que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declare em sua primeira visita ao Brasil apoio à candidatura do país a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Por isso, o encontro entre os presidentes Obama e Dilma Rousseff, previsto para o próximo sábado, em Brasília, é tido como simbólico pela diplomacia e, ao mesmo tempo, considerado o grande teste de Dilma junto à mídia internacional.
Sem o aval de Obama, afago já feito à Índia recentemente, a visita poderá se transformar em uma derrota da política externa brasileira, segundo um experiente diplomata. Reservadamente, a avaliação interna é a seguinte: Obama deu declarações positivas em torno das candidaturas da Índia e do Japão.
A Alemanha, também no páreo, já é um aliado incondicional dos EUA. Os três países, junto com o Brasil, formam o G-4, grupo que briga pela reforma do Conselho de Segurança. Hoje, só há cinco vagas do gênero, ocupadas por EUA, a China, a Rússia, a França e o Reino Unido.
Nas últimas semanas, o assunto tem sido discutido, discretamente, em contatos entre autoridades dos dois países. A mensagem é que, mais do que uma declaração formal defendendo a reforma da ONU, Dilma e o chanceler Antonio Patriota querem que Obama cite nominalmente o Brasil.
SOBROU PARA OBAMA
Ilimar Franco, O Globo
As centrais sindicais dos trabalhadores vão entregar um documento para o presidente dos EUA, Barack Obama, com quem almoçarão na semana que vem, reclamando do déficit do comércio bilateral entre Brasil e Estados Unidos, que foi de US$ 7 bi no ano passado.
Há restrições a produtos brasileiros como aço e suco de laranja. Os sindicalistas foram convidados ontem pela presidente Dilma Rousseff para participar do encontro. “Vocês reclamam que não participam de nada no governo, então vamos almoçar com o Obama”, disse ela.
O ex-presidente Lula costumava se reunir com sindicalistas quando ia aos Estados Unidos
COMISSÃO DA VERDADE: DILMA COBRA EXPLICAÇÃO DE JOBIM
Contrariada com um documento do Comando do Exército com críticas à criação da Comissão da Verdade , a presidente Dilma Rousseff cobrou nesta sexta-feira explicações do ministro da Defesa, Nelson Jobim. O documento, revelado esta semana pelo Globo, foi enviado ao Ministério da Defesa e sustenta que a Comissão da Verdade poderá “provocar tensões e sérias desavenças ao trazer fatos superados à nova discussão”. Em reunião no Palácio do Planalto nesta sexta-feira à tarde, Dilma quis saber de Jobim em quais circunstâncias o documento foi produzido e as providências tomadas pelo Ministério da Defesa. Na audiência, que terminou no início da noite, Jobim sustentou que o documento não foi redigido no atual governo, mas sim em setembro de 2010. Mas o texto a que O Globo teve acesso tem data de fevereiro deste ano. O ministro explicou que o texto do Exército, endossado pelas demais forças, foi uma resposta à solicitação feita pela assessoria parlamentar do ministério aos comandos, para que se posicionassem sobre a proposta legislativa enviada ao Congresso para a criação da Comissão da Verdade. Leia mais em O Globo.
TEMER: DILMA SUPEROU MAL-ESTAR COM HENRIQUE
O vice Michel Temer considera inteiramente superado o mal-estar entre a presidenta Dilma e o líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), que endureceu o discurso diante da perda de espaço do seu partido no governo. Temer afirmou a esta coluna não acreditar que o episódio interfira na eleição do líder do PMDB para a presidência da Câmara, a partir de 2012, conforme o acordo com o PT.
Partilha, Pelo acordo, o PT indicou o atual presidente da Câmara, Marco Maia (RS), e o PMDB o sucessor – que seria, em princípio, Henrique Alves.
Reuniões tensas. Em reuniões com o governo, Henrique Alves chegou a ser ríspido e até ameaçador, e a presidenta Dilma reagiu com seu jeito estúpido de ser.
Solidariedade. Dilma estranhou porque o político potiguar foi contra até à asséptica perda de influência de um deputado pilantra do PMDB no setor elétrico.
Jogo jogado. Michel Temer testemunhou depois reuniões entre Dilma e Henrique Alves marcadas pela cordialidade. “Isso está superado”, garante. (CLÁUDIO HUMBERTO)
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