ADESISMO A WAGNER: “ESSE FILME EU JÁ VI. É TUBARÃO V”, DIZ LÚCIO
De olho nas dificuldades que o governo estadual tem tido para atender a base governista, cada vez mais inchada, oposicionistas como o deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB) brincam abertamente com a situação de potenciais adesistas, como aqueles que vão se abrigar no PSD, partido no qual devem entrar vários parlamentares que estavam em partidos como o DEM. Para ele, no ritmo em que vai o crescimento da base, ou aumentará a insatisfação na bancada governista ou o PSD virará um poço de insatisfação. “Esse filme eu já vi: é Tubarão V”, diz, às gargalhadas.
WAGNER VAI TER QUE RESOLVER REBELIÃO DA BASE ALIADA APÓS VIAGEM À CHINA
Deu na Tempo Presente do jornal A Tarde: “Assim que chegar da China, o governador Jaques Wagner terá um bom abacaxi para descascar: a crise na base dele na Assembleia. Anteontem, os governistas tentaram votar o projeto de reforma administrativa e não conseguiram. Ontem, a história se repetiu. Só havia 15 em plenário; 32 estavam fora. É boicote. O xis da questão é irônico: uma parte da base está insatisfeita porque perdeu cargos pelo interior afora e se recusa a votar o projeto que cria 176 novos cargos. A nau da rebelião é capitaneada por parlamentares do PDT, PSB e PSC. Reclamam que PT e PP abocanharam tudo e deixaram eles à míngua. O problema: no primeiro governo de Wagner, levavam os cargos os mais votados nos municípios. Agora, o critério mudou. Conta a votação regional, por partido. Dizem alguns que o PT somou até os votos de Dilma e Wagner. E, nesse jogo, não há como ganhar. Exemplo: Roberto Carlos (PDT), cuja base é Juazeiro, tinha 17 cargos. Ficou com quatro. A oposição está adorando. Ontem, o deputado Bruno Reis (DEM) se deleitava: “O PT ficou com o filé mignon e deixou a carne de pescoço para os adesistas”.
GOVERNO ESTADUAL TRAVA NOVAS ADESÕES
Direções apontam um caminho de dificuldades nas conversações entre o governo e alguns partidos que sinalizavam a possibilidade de integrarem a base do poder no estado. Logo após a abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa, o governador Jaques Wagner (PT) havia indicado a chance de mais conquistas que pudessem englobar sua corrente de apoio já integrada pelo PT, PP, PSB, PDT, PCdoB, PRB e PSL na Casa, porém, novos rumos demonstram que está cada vez mais longe a hipótese de ser amarrado um enlace entre o Executivo e algumas legendas no estado, entre elas o PSC e o PTN. Diante das discussões em curso, apenas o PV estaria a um passo de ingressar no governo. Informações de bastidores dão conta de que absorver as siglas não seria uma prioridade do governo, que não deseja ter uma bancada ainda mais inchada na Casa. Uma das provas de que não valeria à pena sairia da sessão da última terça-feira, em que, apesar da hegemonia do grupo governista, não se alcançou maioria para votação do regime de urgência da reforma administrativa. Ontem, o líder do governo, deputado Zé Neto (PT), admitiu um possível bloqueio nas negociações com o bloco PSC/PTN – que reúne oito deputados estaduais – para ingresso na base. “Targino Machado carregou muito nas tintas na sessão de ontem. Queremos que haja um bom relacionamento e um diálogo saudável”, disse se referindo ao comportamento do líder do bloco, durante sessão em que seria apreciado o regime de urgência para o projeto do Executivo. (Tribuna)
PSD DE OTTO E KASSAB JÁ NASCE GRANDE NA BAHIA
Com oito deputados estaduais baianos prestes a aterrissar em seus quadros, o Partido Social Democrático (PSD) – liderado nacionalmente pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab –, cuja ata de fundação foi lançada ontem, num dos auditórios da Câmara de Deputados, terá a segunda maior bancada na Assembleia Legislativa da Bahia, atrás somente da bancada do PT, partido do governador Jaques Wagner. “Vamos colher muitas assinaturas num breve espaço de tempo”, garantiu o governador em exercício Otto Alencar, responsável pela leitura do manifesto de criação do PSD e claramente alçado à condição de figura de proa do novo partido: Alencar foi insistentemente requisitado para fotos ao lado de Kassab, que fez questão de frisar, em seu discurso, que a solenidade de ontem foi “o fim de uma primeira etapa, que começou na Bahia, e foi depois para São Paulo”. Para que o partido seja formalmente registrado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), seus entusiastas terão agora de recolher assinaturas de 500 mil eleitores. (A Tarde)
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