DILMA VAI TRATAR DE DIREITOS HUMANOS EM VIAGEM OFICIAL À CHINA
Cláudia Trevisan - O Estado de S.Paulo
A questão dos direitos humanos estará na agenda da visita da presidente Dilma Rousseff a Pequim, na próxima semana. A líder brasileira desembarca na China no momento em que o Partido Comunista empreende a mais violenta onda de repressão a críticos e dissidentes em dez anos, que levou à detenção ou ao desaparecimento de 27 pessoas e a dezenas de ordens de prisão domiciliar. A ênfase que Dilma dará ao tema será mais um teste para a política externa do governo, que elevou ao primeiro plano o respeito aos direitos humanos.
O embaixador do Brasil em Pequim, Clodoaldo Hugueney, disse que a presidente não deve tratar de casos específicos, como a prisão de Ai Wei Wei, um dos mais célebres artistas e dissidentes chineses. Mas ressaltou que o assunto estará na pauta. Para ele, a questão dos direitos humanos é importante para o Brasil e também para a China. "Os dois países enfrentam uma série de problemas nessa área, que refletem em parte o estágio de desenvolvimento em que se encontram", avaliou.
BZ-Diferente de seu antecessor, a presidente Dilma dá grande importância aos direitos humanos.
DILMA ALTERA POLÍTICA DE LULA NA RELAÇÃO COM A CHINA
Depois de tomar distância do Irã e de reaproximar o Brasil dos EUA, Dilma Rousseff decidiu fazer um novo ajuste na política externa que herdou de Lula. Vai alterar o rumo da parceria com a China.
A presidente embarcou rumo a Pequim na noite desta sexta (8). Voou com a disposição de modular o timbre, agora mais pragmático que ideológico. De saída, Dilma mandou ao freezer uma promessa de Lula. Compromisso verbal, assumido com o presidente chinês Hu Jintao.
Lula havia assegurado que o Brasil reconheceria a China como uma economia de mercado. O aceno desagradou o empresariado brasileiro. Concretizado, significaria a admissão por parte do Brasil de que a China não recorre a práticas comerciais predatórias. Algo que todos sabem ser uma balela. (BLOG DO JOSIAS)
NA CHINA, DILMA PEDIRÁ MAIS RIGOR NAS EXPORTAÇÕES
Eliane Oliveira e Vivian Oswald, O Globo
Em sua visita à China, que começa nesta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff pedirá mais rigor às autoridades daquele país na fiscalização de produtos exportados para o Brasil que estão sujeitos, atualmente, a tarifas antidumping.
Segundo técnicos que trabalham nos preparativos da viagem, além do contrabando e da pirataria, agora a indústria brasileira se vê às voltas com o crescimento vertiginoso da chamada triangulação.
O diretor de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Giannetti da Fonseca, citou como exemplo a escova de cabelos. Com o antidumping aplicado pelo governo brasileiro, 95% das que saíam da China agora vêm de Taiwan, que não produz escovas de cabelo.
Outro caso gritante, observou Giannetti, está na indústria ótica. As autoridades chinesas informam que foram exportadas para o Brasil 20 milhões de unidades no ano passado. Mas só foi registrada a chegada ao Brasil de quatro milhões:
- Cadê os outros 16 milhões de óculos?
DILMA ''FREIA'' REAJUSTE DA GASOLINA
Lobão diz que a presidente se opõe ao aumento do combustível, cujo preço está defasado após alta da cotação internacional do petróleo
Karla Mendes, O Estado de S.Paulo
A maior opositora para o eventual reajuste dos preços da gasolina é a presidente Dilma Rousseff. A afirmação é do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. "A Dilma é quem mais freia (o reajuste). Ela não quer aumento de preço (da gasolina)", afirmou Lobão, após o término do programa "Bom Dia Ministro", do qual participou ontem.
Segundo ele, a Petrobrás tem pleiteado o reajuste sob a justificativa de que os preços não sobem há nove anos e a última alteração ocorreu há dois anos, mas para baixo. O governo, porém, tem resistido ao aumento. "Temos dito que não concordamos com esse aumento", enfatizou.
O ministro admitiu, no entanto, que, se a cotação do barril de petróleo ultrapassar "muito" os níveis atuais, o reajuste será inevitável. Entretanto, Lobão não quis dar um valor exato. "A Petrobrás imaginava que, se o petróleo chegasse a US$ 105, teria de haver reajuste. Mas estamos a US$ 120 e não houve."
GASTOS COM VIAGENS CAEM, MAS MENOS DO QUE O ORDENADO POR DILMA
O governo terminou o primeiro trimestre do ano com uma redução de 13% nos pagamentos com gastos com viagens de seus funcionários. O corte das despesas com diárias e passagens em até 50% foi uma das medidas do ajuste fiscal anunciado pela equipe econômica. O limite de gastos foi fixado por decreto da presidente Dilma Rousseff, editado no início de março. Análise dos dados registrados no Siafi (Sistema de Acompanhamento de Gastos Federais) e pesquisados pela ONG Contas Abertas mostra que a redução, por ora, está aquém da planejada pelo governo. Apenas com a compra de passagens e despesas com a locomoção de funcionários, os gastos cresceram 10% no período, puxados pelos Ministérios das Relações Exteriores, Meio Ambiente, Pesca e Justiça, cujas despesas aumentaram acima de 40% até março, em relação ao primeiro trimestre de 2010. (Estadão)
AO FIM DE 100 DIAS, DILMA COMEÇA A IMPRIMIR SUA MARCA NO GOVERNO
A presidenta Dilma Rousseff fez uma solicitação expressa aos seus assessores e ministros nas últimas semanas: ninguém deve se manifestar com avaliações sobre seus primeiros 100 dias de Presidência, que se completam no domingo. A tese por trás da ordem é de que seu governo é de continuidade em relação ao do antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, e não de ruptura. Na prática, entretanto, a presidenta já começa a imprimir sua marca no novo governo, seja no estilo administrativo ou nas decisões de impacto internacional. De quebra, já lida com seus próprios fantasmas no comando do mais alto cargo do Executivo. As nuances pessoais da presidenta já se traduzem em mudanças na rotina do governo. A chefe durona da Casa Civil, que distribuía broncas pelos corredores do Palácio do Planalto, começa a dar lugar a uma presidenta mais discreta, rígida e exigente, que delega aos auxiliares de sua confiança a tarefa de cobrar resultados. Claramente orientados sobre o estilo que passou a pautar o dia-a-dia do governo, todos os 37 integrantes da Esplanada conseguiram manter seus cargos até agora. Dentro da equipe, entretanto, os primeiros meses de governo deram margem para altos e baixos, na medida em que Dilma foi abandonando a postura de colega de Esplanada para se transformar na “chefa”. Leia mais no iG.
BONO SE ENCONTRA COM DILMA E LAMENTA MORTES DE CRIANÇAS NO RIO
Integrantes da banda irlandesa U2 chegaram ao Palácio da Alvorada, em Brasília, no início da tarde desta sexta-feira. Eles foram recebidos pela presidente Dilma Rousseff, pelo ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, e pela Secretária de Comunicação Social, Helena Chagas. O líder do U2, o vocalista Bono, foi convidado para almoçar com a presidente. Segundo o Twitter do Planalto, Bono lamentou o massacre de crianças ocorrido na quinta-feira, em Realengo, no Rio de Janeiro, e disse que esse foi um dia “muito triste” para o Brasil. Bono agradeceu à presidente por receber a banda e falou sobre a importância da atuação dos governos no combate à miséria. A assessoria da Presidência informou que, antes do almoço, ele pediu a Dilma para conhecer a capela do Palácio da Alvorada. O U2 apresenta a turnê “360º” em três shows em São Paulo, no estádio do Morumbi, nos dias 9, 10 e 13 de abril. (G1)
GOVERNO TOMARÁ MAIS MEDIDAS NO CÂMBIO E INFLAÇÃO, DIZ MANTEGA
O governo continuará tomando medidas para evitar a alta da inflação e atenuar a valorização do real, mas algumas dessas ações não têm efeito imediato, disse nesta sexta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega, justificando a queda abrupta do dólar mesmo após as últimas decisões do governo. O ministro afirmou ainda que o governo “tem uma estratégia bem definida de política econômica. Não tem nenhum improviso”. “Nós vamos continuar tomando medidas porque essa é a filosofia do governo”, disse Mantega em seminário sobre os rumos da economia brasileira. (Reuters)
GOVERNO DOBRA TRIBUTO SOBRE EMPRÉSTIMOS PESSOAIS
O governo dobrou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) que incide sobre os empréstimos contraídos por pessoas físicas. A alíquota saltou de passou de 1,5% para 3%. Vale inclusive para o crédito rotativo do cartão de crédito. O objetivo é combater a inflação. Segundo Guido Mantega, deseja-se “evitar um aumento exagerado da demanda, de modo que isso venha a influenciar a inflação”. O ministro da Fazenda repetiu uma frase encontradiça nos lábios brasilienses: “O governo não vai permitir que a inflação fuja do controle”. O anúncio da novidade foi confuso. Em entrevista, Mantega disse que a nova alíquota seria de 3% ao mês. Será ao ano, esclareceu a assessoria depois. A providência chega no dia em que o IBGE divulgou a taxa de inflação do mês de março: 0,79%. No acumulado de 12 meses, até março, o índice é de 6,30%. Coisa que não se via desde novembro de 2008. (Blog do Josias)
BZ-Antes de aumentar os impostos que já são elevados, o governo deveria fazer o seu esforço, cortando gastos e desperdícios.
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