OPOSIÇÃO ENXERGA ACERTOS EM DILMA E SE DESNORTEIA
Três meses de Dilma Rousseff foi tempo bastante para que Fernando Henrique Cardoso alterasse o conceito que fazia dela. Presidente de honra do PSDB e principal ideólogo da oposição, FHC pespegara em Dilma, durante a campanha de 2010, a pecha de “boneca de ventríloquo”. Insinuara que, eleita, quem daria as cartas seria Lula, não ela. Hoje, em diálogos privados, FHC reconhece que Dilma o “surpreendeu”. Positivamente. A avaliação de FHC se espraia por toda a oposição. Alastra-se pelo PSDB e também pelo DEM, seu parceiro de oposição. Tornou-se consensual entre os adversários do governo a percepção de que, a menos que ocorram tropeços, não será fácil se opor a Dilma. Avalia-se que a presidente revelou-se dona de personalidade própria. Distancia-se de Lula nos pontos que alimentavam as fornalhas da oposição. Substituiu a histrionia pela parcimônia verbal. Trocou a ideologia pelo pragmatismo. Distanciou-se do Irã. Reachegou-se aos EUA. Anunciou cortes orçamentários. Leia mais no Blogo do Josias
PT VÊ EM DILMA PONTE PARA CONQUISTAR A CLASSE MÉDIA
O governo dá seus primeiros passos e setores do PT já veem em Dilma Rousseff a chance de conquistar um eleitorado historicamente refratário à sedução petista: a tradicional classe média. A expectativa vem das primeiras pesquisas de popularidade. De acordo com o Datafolha, Dilma foi bem avaliada tanto pela classe C, reduto lulista, quanto pelos estratos com renda familiar superior a R$ 5.540. Esse desempenho alimenta no PT a esperança de furar a hegemonia tucana no Estado de São Paulo. Nesses cem primeiros dias de governo, Dilma ensaiou pinceladas de uma agenda pop para a classe média. Exibiu perfil gerencial e toque menos ideológico na política externa. Prometeu, com ministério específico, melhorar as condições da aviação comercial; anunciou corte de gastos; jantou com artistas e foi ao teatro. Leia mais na Folha (para assinantes).
EM ESCALA NA GRÉCIA, DILMA DISCUTE CRISE E VISITA MUSEU
A escala “técnica” para abastecimento do voo que leva a presidente Dilma Rousseff à China se transformou ontem em Atenas, na Grécia, em encontro com primeiro-ministro e visita a um museu. Assim que desembarcou na capital grega, a presidente foi recebida em cerimônia oficial no aeroporto local. De lá, seguiu direto para a residência oficial do primeiro ministro grego, Giorgos Papandreou, para uma visita de cortesia ao lado do ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores), do assessor especial Marco Aurélio Garcia e do embaixador do Brasil no país, Oto Maia. Por cerca de meia hora, Dilma ouviu uma explanação sobre a crise econômica grega. A seguir, a pedido de Papandreou, a presidente falou sobre a situação do sistema elétrico brasileiro. Mais tarde, Dilma deixou assessores no hotel e foi passear no museu da Acrópoles. Hoje a presidente embarca para a China, onde ao longo dos próximos dias buscará estreitar relações políticas e econômicas com o país. (Folha)
O REPERTÓRIO DE DILMA
Dilma carregou para a China o grupo "Choro Livre", ligado ao Clube do Chorinho de Brasília, e liderado por Reco do Bandolim. Os cinco músicos farão uma apresentação em Pequim e outra em Shangai enquanto Dilma estiver por lá em visita oficial.
Foi a própria Dilma quem escolheu o repertório - músicas de Roberto Carlos. E indicou pelo menos uma das músicas: "Como é grande o meu amor por você".
BZ-Livre chorar, é só chorar. O chorinho é o estilo musical brasileiro mais requintado e sofisticado. Mostrar o melhor de nossa MPB, nos parece de muito bomproceder. Ponto para a presidenta.
DILMA VAI A CHINA PEDIR ‘RECIPROCIDADE’
Com a balança comercial desfavorável em relação à China, a presidente Dilma Rousseff desembarca em Pequim nesta segunda-feira (11) para cobrar maior mercado para os produtos brasileiros no país. O argumento principal de Dilma é o da "reciprocidade", já que produtos chineses ocuparam boa parte do consumo brasileiro sem grande resistência. O tom já fora adotado na primeira entrevista de Dilma, à agência estatal Xinhua. Dilma afirmou que "poderia haver mais cooperação entre os dois países em áreas estratégicas, como a inovação, uma vez que o Brasil está determinado a agregar valor a seus recursos naturais", disse. "Esta é uma relação que, eu acredito, será muito bem desenvolvida entre os dois países porque há algumas áreas em que a China pode ser crucial para o Brasil e outras em que o Brasil pode ser crucial para a China, baseada em um conceito que eu considero muito importante em uma relação entre iguais: a reciprocidade", completou. Informações da Agência Brasil. (BN)
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