SALA SÃO PAULO

02/04/2011

Uma das melhores coisas a fazer em São Paulo, é bisbilhotar os jornais à procura de programas culturais, área em que SAMPA é imbatível no Brasil e se rivaliza com os grandes centros culturais do mundo, como Paris, Londres, Nova Iorque, Tóquio, etc...  Lazer cultural, sadio e de boa qualidade, é que não falta por aqui. Nos abre a mente e alegra a alma.

Foi assim que na quinta feira passada, fomos conhecer a Sala São Paulo, uma sala para concertos, e assistir ao ensaio final da OSESP, Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, uma das maiores e melhores orquestras sinfônicas do mundo.

No programa, HÉLIX, uma peça do compositor contemporâneo finlandês, ESA-PEKKA SALONEM, os POEMES POUR MI, do poeta francês, OLIVIER MESSIAEN, cantados por nada mais nada menos que a famosa soprano brasileira, CARMEM MONARCA, (simplesmente linda e virtuose, e que meses atrás estava cantando com Andréa Bocelli, num desse vídeos que circulam pela NET) e DAPNHIS ET CHLOÉ (suítes 1 e 2) de MAURICE RAVEL.

A regência da orquestra estava a cargo da maestrina portuguesa, Joana Carneiro, uma fera. BRAVÍSSIMA!

Nunca antes havíamos participado de um ensaio de uma orquestra, uma experiência que adoramos e recomendamos. Como se tratava de um ensaio, a maestrina interrompia várias vezes e dava as instruções que julgava nenecessárias. Da posição de onde estávamos. Podíamos ouvir claramente o que dizia a maestrina, e depois de certo tempo já se torna possível prever o comportamento da orquestra, em função do gestual da maestrina. Realmente uma experiência muito interessante.

A Sala São Paulo é outro espetáculo à parte. O palco pode ser aumentado ou diminuído em função da necessidade do espeáculo, por mecanismos hidráulicos. Sob o palco está a sala climatizada que abriga os vários pianos e cravos da orquestra, verdadeiras preciosidades. O teto da sala pode levantar ou baixar, também movimentado por sistemas hidráulicos, em função da necessidade e especificidades da peça que vai ser tocada. Se for uma peça sacra, composta para uma catedral, por exemplo, o teto se desloca para cima, e assim por diante.

Como é que sabemos disso? O espetáculo estava marcado para as 9:00 horas da manhã, mas só começa realmente às 10:00. A primeira hora é usada para apresentar ao público esses detalhes da sala de concertos, e uma explicação didática sobre as peças que serão executadas. Tudo isso tem um ojetivo didático, pois o público é formado esmagadoramente por adolescentes escolares, que tem entrada grátis, desde que compareçam no dia anterior, para retirar as entradas. Os demais pagam apenas R$ 10,00, sendo que os idosos pagam R$ 5,00. Deste modo, além de educar os jovens, e introduzi-los no mundo da boa música erudita, ainda proporciona aos adultos, acesso a cultura a um preço insignificante. O ensaio teria que ser realizado de qualquer modo, portanto há muitos benefícios e nenhum custo adicional. A sala de concertos e a OSESP são mantidas pela Secretaria Estadual da Educação e Cultura.

No meio disso tudo, fomos tomar um cafezinho, e encontramos um jovem de Irecê, pilotando a máquina de café expresso. Está em São Paulo a 4 meses, chama-se Mateus, já consegue usar um cabelo com corte de índio moicano, lançado pelo atacante santista Neymar, muito em voga entre os jovens da paulicéia desvairada. Aí vai a foto do nosso jovem amigo Mateus, que se aproveita do BZ para mandar um alô para seus amigos e parentes de Irecê.

Olha aí pessoal, eu aqui no BZ!