DILMA JÁ DISCUTE COMO SERÁ GOVERNO SEM PALOCCI
Diante do agravamento da situação do ministro Antonio Palocci (Casa Civil), a presidenta Dilma Rousseff passou a analisar não só nomes para substituí-lo como a estudar mudanças no perfil dos titulares do cargos núcleo-duro do Palácio do Planalto. Ela cogita, num cenário de queda de Palocci, trocá-lo por um ministro de perfil “técnico”, o que assessores da presidente tratam reservadamente como escalar uma “Dilma da Dilma”. (Folha)
MIRIAM BELCHIOR ENTRA NA LISTA DE COTADOS PARA VAGA DE PALOCCI
Líderes do PT colocaram o nome da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, na bolsa de apostas do partido para a eventual substituição de Antonio Palocci na Casa Civil. Diante do isolamento cada vez maior do ministro e do risco de ele terminar fora do governo, ganha força no partido e no Planalto a avaliação de que Dilma poderia optar por uma “solução técnica” na hora de preencher o posto. Essa mesma premissa colocou a própria Dilma na Casa Civil em 2005, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viu a crise do mensalão derrubar o então ministro José Dirceu. Segundo petistas, Miriam levaria vantagem sobre os demais nomes citados devido ao amplo conhecimento sobre a máquina pública e à proximidade com a presidenta desde o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Outros nomes citados como possíveis substitutos de Palocci são os dos ministros Paulo Bernardo (Planejamento), Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência), Fernando Pimentel (Indústria e Comércio) e Alexandre Padilha (Saúde). (IG – Último Segundo)
‘BRASIL ESTÁ VIVENDO UM MOMENTO PERIGOSO’, DIZ PIMENTEL
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou nesta sexta-feira que o Brasil vive um “momento perigoso” de “falsa sensação de prosperidade” gerada pelo elevado número de investimentos externos no país e pelo câmbio “extremamente desequilibrado”. Pimentel, entretanto, disse estar otimista e comemorou o resultado do PIB no primeiro trimestre, que apresentou alta de 1,3% em relação ao último trimestre de 2010. “O resultado do PIB mostra que estamos no caminho certo. Nós tivemos um primeiro trimestre em que o governo teve que fazer uma ginástica, um esforço fiscal muito forte para conjurar a ameaça inflacionária, mas acho que este momento está praticamente ultrapassado e eu estou otimista para o segundo semestre, acho que vamos retomar o caminho do crescimento sustentável, com responsabilidade fiscal, sem abrir mão do mais importante: crescer gerando emprego e renda”, disse. O ministro participou da cerimônia de encerramento do Congresso Brasileiro do Aço, em São Paulo. (G1)
PALOCCI DIVULGA APENAS SETORES DE SEUS CLIENTES
Durante entrevista concedida ao Jornal Nacional, nesta sexta-feira (3), o ministro da Casa Civil Antônio Palocci negou que irá divulgar o nome de empresas em que a sua consultoria atuou, por “não ter o direito de fazer a divulgação de terceiros”. Ao ser pressionado pelo repórter, ele se limitou a dizer os setores em que essas empresas trabalhavam. “Eu atuei em setores de indústrias, trabalhei na consultoria para vários segmentos de indústria, trabalhei no setor de serviços financeiros, no setor de mercado de capitais, bancos e empresas, fundos de mercado de capitais. Fundos trabalham principalmente com investimentos em outras empresas privadas, e trabalhei em empresas de serviços em geral. Então veja, é um conjunto de empresas que pouco tem a ver, por exemplo, com obras públicas, com investimentos públicos”, declarou.
EXPLICAÇÕES DE PALOCCI NÃO CONVENCEM OPOSIÇÃO
Congressistas da oposição afirmaram pelo Twitter que as explicações do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, sobre a sua empresa de consultoria Projeto não foram suficientes. “O ministro Palocci sequer deu uma declaração que ajudasse a esclarecer o seu enriquecimento. Repetiu o que já vinha saindo na imprensa”, afirmou o líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto, em seu Twitter. Para o oposicionista, “esse comportamento de Palocci só solidifica nossa desconfiança de que ele esconde algo muito sério dos brasileiros, algo escandaloso. Já o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) afirmou que as entrevistas nada acrescentaram. “Palocci assegurou que não trabalhou na arrecadação de campanha, mas como coordenador político, então, esconder as empresas-clientes?”, questiona. “Palocci enrolou e não explicou o que o Brasil inteiro esperava tanto: quanto ele ganhou, quem pagou e que serviços ele prestou”, afirmou o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). “Essa entrevista do Palocci só serviu para solidificar uma coisa: ele é o Delúbio Soares do governo Dilma Rousseff”, atacou o deputado Ronaldo Caiado (DEM). (Tribuna)
ENQUANTO O PT HESITA, O PMDB DECLARA APOIO A PALOCCI
A cúpula do PMDB decidiu conceder apoio explícito ao ministro Antonio Palocci (Casa Civil), envolto numa atmosfera de suspeição. “Não se trata de solidariedade, nós apoiamos o ministro Palocci”, disse ao blog o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). O deputado preocupou-se em dissociar o suporte a Palocci das demandas de seu partido por cargos no segundo escalão da gestão Dilma Rousseff. “Se estão pensando que damos apoio a Pallocci por conta de cargos, digo: o governo pode congelar as legítimas pretensões que o partido ainda pode ter”. “…Essa não é a hora de exigir, mas de oferecer. Oferecer apoio a alguém que consideramos importante para o governo e respeitamos como homem público”. Leia mais no Blog do Josias.
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