sexta-feira, 22 de julho de 2011

ESCANDALÔMETRO

22/07/2011

PORTOS AVALIADOS EM R$ 44 MILHÕES E RECÉM-CONCLUÍDOS PELO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES TERÃO DE SER REFEITOS
Chico de Gois/O GLOBO
BRASÍLIA - Em meio a denúncias de propinas e superfaturamento, o Ministério dos Transportes também terá de responder pela qualidade das obras que executa. Cinco portos fluviais no Amazonas - estado do ex-ministro Alfredo Nascimento - apresentaram problemas e tiveram que ser refeitos ou consertados no último ano. Quatro dessas obras foram concluídas ano passado. Os gastos com os cinco portos somam R$ 44 milhões, sendo R$ 33,6 milhões destinados à Eram - Estaleiro do Rio Amazonas, classificada como inidônea no site do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit), envolvido nas denúncias de corrupção.


Deputado "Tião Sorriso".

FAMÍLIA DE DEPUTADO FATURA COM DNIT
O MPF investiga irregularidades em licitações na seção do Piauí do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), comandado por Sebastião Ribeiro, cunhado do deputado federal Marcelo Carvalho (PMDB). A campeã de licitações é a Construtora Jurema, de propriedade dos irmãos do deputado, com contratos milionários. Completa o feudo o filho do deputado, Castro Dias Neto, secretário de Infraestrutura do estado, que também fez pagamentos à Jurema.
Pela estrada afora...A Construtora Jurema, dos irmãos Humberto e João Castro, fatura mais de R$ 300 mil por mês nas obras de manutenção da BR-343.
Tião Sorriso. Servidor do DNIT e alçado ao trono pelo deputado cunhado, Ribeiro, o Tião Sorriso, se gaba de ter gastado meio milhão no casamento da filha.
Canta pra mim. Humberto Carvalho ganhou o governador Wellington Dias ano passado. Pagou show privado de José Augusto para ele e mulher, fãs do cantor.
Aparte. Marcelo Castro diz que os irmãos têm a construtora há 40 anos, quando ele ainda era médico, e que atuam com lisura nas licitações. (CLÁUDIO HUMBERTO)


TCU IDENTIFICA INDÍCIOS DE PREJUÍZO DE R$ 420 MILHÕES NA VALEC
Em meio à crise no comando do Ministério dos Transportes, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou indícios de prejuízo de R$ 420 milhões aos cofres públicos na Valec, estatal que comanda obras em ferrovias. O TCU determinou a suspensão da compra de materiais como dormentes para trechos da Norte-Sul e Oeste-Leste. As duas obras integram o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A medida cautelar foi aprovada por unanimidade no tribunal depois que a equipe técnica apontou a existência de estimativa de sobrepreço de 44,71% na compra antecipada de materiais que deverão ser usados apenas na parte final da construção dos trechos das duas ferrovias. A suspensão da compra foi definida dez dias depois da demissão do ex-presidente da Valec José Francisco das Neves, na primeira leva de demissões após as denúncias de irregularidades no Ministério dos Transportes. Depois disso, outros dois funcionários da estatal já tiveram a exoneração publicada no Diário Oficial da União. (Estadão)
BZ-Os valores que se desviam nesse país, equivalem ao orçamento do Ministério da Edcação ou da Saúde.


CGU INSTAURA SETE INVESTIGAÇÕES SOBRE DENÚNCIAS NOS TRANSPORTES
Com mais quatro processos instaurados nesta quinta-feira, a Controladoria-Geral da União (CGU) já instaurou sete sindicâncias e Processos Administrativos Disciplinares em decorrência das denúncias veiculadas na imprensa nos últimos dias, dando conta de irregularidades no Ministério dos Transportes e em órgãos a ele diretamente vinculados. A essas apurações, somam-se outras 18 sindicâncias e PADs que já estavam instaurados pela CGU antes das denúncias envolvendo a área dos transportes. Os novos processos foram abertos entre o último dia 12 e nesta quinta-feira. Um deles apura denúncia do jornal O Estado de S.Paulo relativa ao ex-diretor executivo do DNIT, João Henrique Sadok de Sá, envolvendo a contratação da Construtora Araújo Ltda, de propriedade da mulher dele, Ana Paula Batista Araújo, pelo Governo do Estado de Roraima, para execução de obras rodoviárias custeadas com recursos do DNIT. (Radar Político/ Estadão)


FAXINA 2.0
Ranier Bragon, Folha de S. Paulo
Após a crise com o PR entrar em “fogo baixo”, outro curto-circuito ronda o governo. Nas próximas semanas, o Planalto pretende afastar o diretor financeiro de Furnas, Luiz Henrique Hamann, ligado ao líder governista no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Peemedebistas estão cientes da movimentação, mas cobram duas medidas: que diretores ligados a petistas também saiam e que Hamann possa ser deslocado para outro órgão. Na lista de cotados para seu lugar está Paulo Sérgio Petis, próximo de Flávio Decat, que assumiu Furnas após o surgimento de dossiê com acusações sobre a ação do PMDB na estatal.


TURISMO REPASSA R$ 52 MI A ONG DIRIGIDA POR SUSPEITO
Dilma Rousseff ainda nem terminou de limpar o setor dos Transportes e o noticiário já traz novos focos de sujeira. O repórter Jailton de Carvalho descobriu sob o tapete do Ministério do Turismo um lote de três convênios esquisitos. Resultaram no repasse de R$ 52 milhões a uma ONG chamada IBH (Instituto Brasileiro de Hospedagem). Coisa destinada ao financiamento de cursos à distância para preparar mão de obra para a Copa de 2014 –mensageiros, recepcionistas e gerentes de hotel. Preside o IBH César Gonçalves, um empresário que responde a duas ações do Ministério Público por suposta improbidade administrativa. Gonçalves dirigiu a estatal de turismo do governo do DF, a Brasíliatur. Deixou o posto, há três anos, sob denúncias de desvios. Daí as ações. Nessa época, governava o DF José Roberto Arruda –aquele que renunciou depois que o mensalão do DEM carbonizou o que lhe restava de prestígio e de mandato. Leia mais no Blog do Josias.

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