“GOVERNO É NAU SEM RUMO”, AFIRMA AÉCIO SOBRE 200 DIAS DE DILMA
A oposição também viveu momentos distintos no primeiro semestre de 2011. No começo do ano sofreu com disputas internas, que resultaram num racha no DEM e numa reconfiguração de poder no PSDB. As crises na Casa Civil e no ministério dos Transportes deram unidade ao discurso. Rearticulados, PSDB e DEM apostam nos desentendimentos entre a base aliada e a presidenta Dilma Rousseff. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) resolveu assumir o papel de principal voz da oposição. Nos primeiros cem dias de governo, o tucano preferiu ser discreto. Teve como foco principal a consolidação do seu grupo político dentro da cúpula do PSDB. Após a demissão de Antonio Palocci, passou a registrar com mais ênfase o que define como “incoerências do governo”. “Para mim, esse governo Dilma é uma nau sem rumo”, disse na quinta-feira. O tucano lembrou algumas idas e vindas do governo nos últimos meses. “Primeiro defende o fim do sigilo para documentos oficiais. Depois recua”, disse. “Primeiro atua em favor da fusão de um grupo de supermercados. Em seguida, volta atrás”, completou Aécio. (iG)
O contador, que foi sem nunca ter sido |
DILMA 'DEMITE' DIRETOR QUE SEQUER TOMOU POSSE NO DNIT
O contador e administrador Augusto César Carvalho Barbosa de Souza nem sequer chegou a tomar posse na Diretoria de Administração e Finanças do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Ele foi desconvidado dentro da política de limpeza determinada pela presidente Dilma Rousseff no setor de Transportes, atualmente sob suspeita de envolvimento em irregularidades que já derrubaram o ministro Alfredo Nascimento e outros seis membros da cúpula da Pasta ligados ao PR.
A unção de Souza parecia favas contadas - tinha até relatório favorável do senador Blairo Maggi (PR-MT), aprovado na comissão, que o definiu como "qualificado para assumir o cargo". Mas a escolha deu para trás após a divulgação das denúncias, no início do mês.
DILMA CONTRARIA GRUPO DE LULA, REITERA SAÍDA DE PAGOT E PEDE ‘LIMPEZA’ TOTAL
A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi encarregada na segunda-feira, 18, pela presidente Dilma Rousseff de anunciar que o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, atualmente em férias, não retornará mais ao cargo.
Dilma orientou ainda o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, a concluir, se possível esta semana, a "limpeza" na pasta, com o afastamento do petista Hideraldo Luiz Caron, diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, e de Felipe Sanches, presidente interino da Valec, e outros supostos envolvidos num esquema de corrupção que abala o governo desde o início do mês.
A presidente observou ainda, na conversa com o petista, que Pagot tinha responsabilidade sobre a direção do órgão e, portanto, esse assunto é página virada.
Em uma conversa, antes do almoço, com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, Dilma o avisou que Pagot, mesmo com as pressões e apoio dentro do governo de auxiliares muito próximos a Lula, é carta fora do baralho. Informou também que é preciso promover, o quanto antes, as mudanças necessárias em todos os órgãos da área de transportes. (ESTADÃO)
ESTRATÉGIAS DE DILMA EM ESCÂNDALO MIRAM CLASSE MÉDIA
A repercussão da crise do Ministério dos Transportes na classe média foi uma das principais preocupações do governo federal desde o primeiro dia do escândalo. A presidente Dilma Rousseff viu dados de pesquisas internas de opinião, analisou o impacto do caso nesse estrato social e, em seguida, concluiu que “a linha [de ação] está boa”. Interlocutores descreveram a cena, afirmando que a decisão de afastar rapidamente os suspeitos de irregularidade da pasta “pegou bem” entre os entrevistados com melhor remuneração, justamente a base social que Dilma quer pavimentar como ativo político neste mandato. No primeiro dia da crise, a presidente determinou o afastamento de quatro servidores citados em reportagem da revista “Veja” como operadores de um esquema de corrupção no ministério, no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e na Valec, estatal de ferrovias. (Folha)
BZ-Certíssima a presidenta Dilma. O povão já elegeu Lula como seu guru, e ela tem que achar seu próprio espaço de apoio popular: a classe média.
“VÃO CONTINUAR PEDINDO CARGOS”, DIZ IDELI SOBRE BASE ALIADA
A crise na Casa Civil após a lua de mel dos primeiros 100 dias de governo revelou o principal ponto fraco de Dilma Rousseff: a falta de uma articulação política bem feita. Nos primeiros cem dias de administração, o Palácio do Planalto pode comemorar a aprovação do novo salário mínimo. Porém, nos outros cem, os partidos da base aliada no Congresso só aumentaram os pedidos por cargos e liberação de emendas. “E vão continuar pedindo. É da natureza, do DNA (da base governista)”, diz a ministra Ideli Salvatti, da Secretaria das Relações Institucionais (SRI). Depois de ter iniciado o governo na pasta da Pesca, ela assumiu a articulação política após as demissões de Antonio Palocci (Casa Civil) e Luiz Sérgio (que deixou a SRI e foi para a Pesca). Palocci deixou o governo no dia 7 de junho, duas semanas após a revelação de que aumentou seu patrimônio em 20 vezes entre 2006 e 2010. Como era o principal interlocutor político do governo, virou alvo da oposição. Além disso, foi chantageado pelo PMDB e, por fim, cobrado pelos colegas do PT que passaram a defender sua demissão. (iG)
BZ-Cargos no governo, significam poder e dinheiro. Nenhum dos partidos da base aliada abre mão deles.
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