"Você está equivocado, eu não sou bandido, bandido é você e sua quadrilha que faz e refaz qualquer processo do ministério de acordo com sua conveniência e você sabe muito bem disso!"
A frase acima é do soldado da Polícia Militar do Distrito Federal que acusou o ministro dos Esportes, Orlando Silva, de participar de desvios de recursos do ministério, chamou-o neste domingo (16) de "bandido", em mensagem postada em seu blog na internet. João Dias Ferreira disse que tem como provar as acusações que fez à revista "Veja".Leia aqui na Folha Poder. (CN)
O programa ‘Fantástico’ levou ao ar na noite deste domingo (16) reportagem que reforça a sensação de que o Ministério dos Transportes tornou-se caso de polícia.
Os repórteres Mauricio Ferraz e Bruno Tavares perscrutraram durante um mês as atividades de uma ONG chamada Pra Frente Brasil.
É administrada pela ex-jogadora de basquete Karina Valéria Rodrigues, hoje vereadora na cidade de Jaguariúna, no interior de São Paulo.
Filiada ao PCdoB, mesmo partido do ministro Orlando Silva (Esportes), Karina recebeu, por meio de sua ONG, R$ 28 milhões em seis anos.
O dinheiro veio do programa ‘Segundo Tempo’, uma iniciativa da pasta dos Esportes. Coisa destinada a financiar alimentação e material esportivo a crianças e adolescentes. (BLOG DO JOSIAS)
Em conversa telefônica com o ministro Orlando Silva (Esportes), Dilma Rousseff pediu-lhe que providenciasse explicações públicas sobre a denúncia feita contra ele. Acusado de corrupção, Orlando esboçou com a direção do seu partido, o PCdoB, a estratégia de reação. Líder da legenda na Câmara, o deputado Osmar Júnior (PCdoB-PI) tocou o telefone, neste sábado, para o colega Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo. Júnior disse a Vaccarezza que o ministro deseja antecipar-se à oposição. Orlando Silva se oferece para depor na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. Vaccarezza aconselhou Júnior a contactar o presidente da comissão, deputado Sérgio Brito (PSC). Deseja-se agendar o depoimento para o início desta semana, se possível já na terça-feira. Deve-se a pressa ao desejo do PCdoB de atenuar os danos provocados pela notícia veiculada na última edição de ‘Veja’. Ouvidos pela revista, dois personagens acusados de desviar verbas da pasta dos Esportes disseram que o ministro participava dos malfeitos. Pior: João Dias Ferreira, PM do Distrito Federal e ex-filiado do PCdoB, disse que Orlando recebeu propina na garagem do ministério. Leia mais no Blog do Josias.
COMO ACREDITAR EM ORLANDO SILVA?
Por Juca Kfouri (Blog do Juca Kfouri)
Cinco motivos, e só cinco, porque tem muitos mais, para não acreditar no ministro do Esporte, Orlando Silva Jr.:
1. Orlando Silva Jr. é o mesmo que comprou tapioca com cartão de crédito corporativo do governo federal;
2. Orlando Silva Jr. é o mesmo que prometeu Jogos Pan-Americanos transparentes e ecônomicos e que depois tirou o corpo fora dos gastos dez vezes maiores e nebulosos;
3. Orlando Silva Jr. é o mesmo que se comprometeu a participar de um debate organizado pela revista norte-americana “Newsweek” e fugiu 12 horas antes, alegando ter sido chamado por Lula em Brasília, embora tenha permanecido no Rio de Janeiro no dia do debate;
4. Orlando Silva Jr. é o mesmo que diz que as denúncias contra o presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo no Brasil não são da alçada do governo federal;
5. Orlando Silva Jr. é o mesmo que em recente entrevista garantiu que o governo brasileiro não permitiria maldades da Fifa no credenciamento de jornalistas para a Copa do Mundo de 2014 e, menos de um mês depois, voltou de reunião com a entidade anunciando que o credenciamento ficaria exclusivamente por conta dela. Em resumo: o que Orlando Silva Jr. diz não se escreve.
BZ-Mais um na fila de demissões.
BZ-Mais um na fila de demissões.
Ministério do Esporte cobra R$ 3 mi de PM que faz acusação via Veja
ResponderExcluirPolicial militar João Dias Ferreira teria desviado dinheiro de dois convênios com ministério do Esporte que atenderiam jovens e crianças. Pasta aciona TCU e cobra devolução de R$ 3,1 milhões. Em retaliação, policial, preso e réu em ação do Ministério Público, diz à Veja que esquema no Esporte favorece PCdoB. 'Reportagem é farsa e fonte é bandido', diz Orlando Silva.
BRASÍLIA – O ministério do Esporte está cobrando R$ 3,1 milhões do policial militar João Dias Ferreira, que está preso desde o ano passado por desvio de recursos federais e, neste fim de semana, em reportagem da revista Veja, acusa o ministro Orlando Silva de montar e operar um esquema de corrupção na pasta.
O dinheiro que o ministério tenta reaver foi repassado à Associação João Dias de Kung Fu e à Federação Brasiliense de Kung Fu. As entidades assinaram acordo com o Esporte, em 2005 e 2006, respectivamente, para participar do programa Segundo Tempo. Neste programa, os conveniados são financiados para atender jovens e crianças com atividades esportivas depois das aulas.
Segundo o ministério, porém, não teria havido prestação de serviços pelas entidades. A pasta suspendeu os repasses em junho de 2010 e decidiu fazer uma investigação específica sobre o que aconteceu, chamada de Tomada de Contas Especial.
O processo foi enviado ao Tribunal de Contas da União (TCU). Neste processo, o Esporte diz que João Dias e as duas entidades precisam devolver R$ 3,1 milhões. A descoberta das irregularidades custou ainda uma ação civil pública contra o policial, ajuizada pelo Ministério Público Federal.
Para Orlando Silva, este são as motivações de João Dias para ter contado à Veja que haveria suposto esquema corrupto no ministério. “A reportagem é uma farsa. A fonte é um bandido, um criminoso”, disse Silva em entrevista neste sábado (15) em Guadalajara, no México, onde, desde o dia anterior, estão sendo realizados os Jogos Panamamericanos.
Na reportagem, João Dias diz que 20% de todos os convênios do Segundo Tempo eram desviados, por determinação de Silva, para abastecer o PCdoB, partido do ministro e do policial. A matéria diz ainda que o próprio Silva receberia na garagem do ministério verba desviada. Quem faz esta denúncia específica é um funcionário de João Dias, Célio Soares Pereira.
Depois da publicação da reportagem neste sábado (15), o ministro do Esporte procurou a presidenta Dilma Rousseff para dizer que as denúncias não passam de “calúnia” feita por “pessoa desqualificada”. Também pediu ao colega da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a Polícia Federal apure as denúncias.
Ele disse que também vai entrar com ação penal contra os personagens da reportagem. “Não podemos ser paralisados por alguém que faz um ataque vão e que, infelizmente, consegue espaço para repercutir”, disse Silva.