quarta-feira, 16 de novembro de 2011

XIQUEXIQUE: CUSTÓDIO B. MORAES, O CIDADÃO E O POLÍTICO

16/11/2011
BZ PRESS

Complementando o que foi dito ontem, hoje vamos mostrar como foi o cidadão e o político Custódio B. Moraes, meu pai.

Com Osmar Guedes, um de seus grandes amigos

Participou ativamente da primeira e única sociedade anônima já existente em Xiquexique, que foi “A VOZ DO BARRANCO”, fundada em 18/09/1949, que reunia as figuras de maior destaque da sociedade xiquexiquense. Foram sócios fundadores, Adão Moreira Bastos, Alcenor e Aurélio Gomes de Miranda, Assendino Martins Santiago, Clodoaldo Magalhães Avelino (Dr. Dozinho), Custódio B. Moraes, Euvaldo Feliciano de Castilho, Florisval Torres da Silva, Francolino José dos Santos, Francisco Rodrigues Soares, (Chiquim de Bibi) João Batista Avelino, João e seus filhos, Samuel e Sandoval Rodrigues Soares, Luiz Alves Bessa, Ney e Tiburtino Gomes Barreto, Osmar de Miranda Guedes


Dezinho, profa. Anita e seu marido Chico Marçal,
Anísio, Custódio e Paulo Coelho
Foi um dos fundadores da Maçonaria, em novembro 1948 onde chegou ao topo, no cargo de Venerável.

Por 14 anos seguidos, foi presidente do “CLUBE RECREATIVO SETE DE SETEMBRO”, a minha querida e saudosa “SETE”, quando demoliu a antiga construção e reergueu um prédio mais moderno, com um palco para a orquestra e músicos, com uma área a céu aberto, chamada de “ringue”, que permitia bailes, ao ar livre, especialmente os de carnaval, amenizando o calor da estação. Comprou para a sociedade, com seu dinheiro, uma “radiola”, a primeira HI-FI aqui em Xiquexique, tendo sido reembolsado posteriormente. Para angariar recursos para tudo isso, usou o seu espírito inovador e criativo. Fazia mil promoções, leilões, brincadeiras de salão, onde os participantes eram estimulados a contribuir com pequenas quantias, que iam pouco a pouco reforçando o caixa da sociedade e permitindo fazer as obras, muitas delas bancadas do próprio bolso, também para posterior reembolso. Na festa de inauguração da “radiola”, fez-se a promoção das MADRINHAS DA RADIOLA, uma delas, D. Geni Feitosa Ramos, que pode testemunhar. Tudo isso na segunda metade dos nos 50 e grande parte dos anos 60.

Aqui com José Coelho e seu sobrinho Marinaldo Bastos de
Figueiredo, então juiz da comarca e depois desmbargador.
Ainda nos anos 46/47, com pouco mais de 30 anos, foi prefeito municipal nomeado (vivia-se a ditadura de Getúlio Vargas, os prefeitos eram nomeados pelo governador do estado). Mesmo tendo ficado apenas alguns meses, ao deixar a PMXX, fez questão de publicar uma prestação de contas, consubstanciada em um livreto (tenho um exemplar), impresso por mestre João Leite, o único tipógrafo da cidade. Um exemplo de lisura e seriedade no trato da coisa pública.

Com Pedrito Rocha e o deputado Dilson
Nogueira, seu amigo e adversário político

Mais adiante, foi eleito vereador, em várias legislaturas, tendo também sido eleito pelos seus pares, presidente da Câmara. Convém lembrar que naqueles tempos, os vereadores não recebiam salários ou qualquer outra remuneração. Trabalhava-se por amor à causa. 

Por duas vezes, foi candidato a prefeito, e por duas vezes foi derrotado. A primeira por Francisco Marçal, Coletor Estadual, em 1958, e a segunda, por José Barbosa e Silva, comerciante local, em 1966. Era amigo de seus adversários, e continuou sendo depois de batido nas urnas. Adversários não são inimigos, e aí se pode ver, como esta cidade regrediu nos últimos 30-40 anos. Não seguiram o exemplo e o legado de Custódio B. Moraes.





Em tempos de campanha política pobre, com Ademar Paiva, "advogado" de grande conhecimento
Custódio B. Moraes, achava que seus concidadãos e conterrâneos, simplesmente deveriam reconhecer os seus méritos, e o eleger prefeito municipal, como o elegeram vereador e presidente da Câmara. Não era assim e não é assim. Nunca esteve disposto a fazer demagogia barata e nem fazer “certas concessões”, embora tivesse recursos de sobra para isso. Por isso mesmo, as urnas eleitorais não lhe foram favoráveis. Decepcionado, abandonou a política, para alegria geral da família.

Fica claro pois, que um homem com este passado, com esta índole, com esta atuação, está muito longe de achar que seus conterrâneos sejam porcos, embora possa haver alguns porcos entre eles.

Esses foram os fatos marcantes da trajetória de ....
CUSTÓDIO B. MORAES, O CIDADÃO E O POLÍTICO

* Queremos agradecer ao prof. Carlos Santos que nos forneceu dados hitóricos para redação desta matéria

6 comentários:

  1. Zeca, tem gente aí, que se você os chamar de porcos, se arrisca a receber uma ação da sociedade de proteção aos animais, por difamação e calúnia. Cuidado pois com o que fala.
    NÃO OFENDA OS POBRE AINAIZINHOS FEDORENTOS!

    ResponderExcluir
  2. Zeca Quinquinha é um porco mesmo tem que ficar preso no chiqueirinho

    ResponderExcluir
  3. E vc Gal, quando vai publicar a biografia do velho Gui, tenho certeza que tem muita história.

    ResponderExcluir
  4. No chiqueiro é pouco para ele, duro foi ele ficar dez dias atrás das grandes por corrupção eleitoral.

    ResponderExcluir
  5. Zeca vc está dizendo que Dr. Marinaldo Figueiredo Bastos, está nesta foto.(3ª foto)
    Tenho certeza de que não ele, Você se enganou.

    ResponderExcluir
  6. Zeca
    Seu pai Custodio Moraes meu amigo e muito amigo de meu pai, homem de personalidade impar, sem igual, foi tudo isso que vc disse e muito mais ainda faltou dizer, porque este foi o cara, foi um dos grandes brasileiros e baiano de Xique-Xique do seculo 20. Escrevo isto muito emocionado e com muito orgulho.

    ResponderExcluir

Espaço aberto para o leitor contribuir com o debate de forma qualificada. (O autor da matéria comentada ou o editor do blog dará uma resposta explicativa ao comentarista sempre que houver necessidade, abaixo do comentário).