CORRUPÇÃO DERRUBA TEIXEIRA E ASSUME NA CBF O VICE QUE EMBOLSOU MEDALHA
Foto do Marin "escondendo" a medalha. |
- O presidente da Confederação Brasileira de Futebol deverá renunciar ao cargo a qualquer momento, alvejado por denúncias de corrupção no Brasil e no exterior. Seu substituto natural é José Maria Marín, ex-governador de São Paulo e atual vice-presidente mais velho da entidade, e que ganhou as páginas recentemente após embolsar uma das medalhas de ouro distribuídas aos jogadores do Corinthians que conquistaram a Taça São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro. Nesta quarta-feira, o jornal Folha de S. Paulo divulgou um documento, já mencionado em reportagem da TV Record no ano passado, mostrando que uma fazenda do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, em Piraí, a 80 km do Rio, é o elo que o liga à empresa Ailanto Marketing, investigada por superfaturar o amistoso da seleção brasileira contra Portugal, em 2008, na cidade do Gama, no Distrito Federal. A polícia suspeita que Teixeira é o dono oculto da Ailanto, que recebeu R$ 9 milhões do governo do DF para promover o jogo. Por 26 meses a Ailanto foi dona de uma outra empresa, VSV Agropecuária Empreendimentos Ltda, que tinha como endereço a fazenda de Ricardo Teixeira. Ele sempre negou relacionamento com a Ailanto. Teixeira sempre alegou que não poderia responder sobre as suspeitas porque o amistoso era responsabilidade da Ailanto. (CLÁUDIO HUMBERTO)
Ricardo Teixeira está em sua casa, onde recebeu a filha Joana Havelange, diretora-executiva do COL, o homem de compras do comitê, o cunhado Leonardo Wigand e despacha com seu secretário particular Alexandre Silveira.
O cartola também não irá à CBF amanhã.
Sua renúncia será publicada no portal da CBF.
Em seguida, viajará.
Entre as inúmeras plantações de notícias, comuns em momentos como este, duas são risíveis:
1. a de que ele renunciará por causa da reportagem da “Folha de S.Paulo” (leia), como se ele pudesse saber desde a semana passada que a matéria seria publicada hoje, coisa que nem o jornal sabia;
2. a de que ele não renunciará para não dar razão aos que informaram antecipadamente a sua saída.
Há, também, a hipótese de ele se licenciar para não entregar a presidência definitivamente para José Maria Marin, mas escolher Fernando Sarney.
Ou seja com ele, com Marin ou com Sarney não mudaria nem a mosca. (JUCA KFOURI)
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