sábado, 25 de outubro de 2014

ESCANDALÔMETRO: MENSALÃO, TREMSALÃO, PETROLÃO...

25/10/2014

PETROLÃO: YOUSSEFF PROMETE ENTREGAR À JUSTIÇA NÚMEROS DE CONTAS SECRETAS DO PT EM PARAÍSOS FISCAIS 


Os trechos mais quentes da reportagem de VEJA deste fim de semana sobre as confissões à Justiça do doleiro Alberto Youssef, um dos cabeças do esquema de corrupção na Petrobras:
— O Planalto sabia de tudo! 
— Mas quem no Planalto? — perguntou o delegado. 
— Lula e Dilma — respondeu o doleiro. 

• Na semana passada ele aumentou de cerca de trinta para cinquenta o número de políticos e autoridades que se valiam da corrupção na Petrobras para financiar suas campanhas eleitorais. Aos investigadores Youssef detalhou seu papel de caixa do esquema, sua rotina de visitas aos gabinetes poderosos no Executivo e no Legislativo para tratar, em bom português, das operações de lavagem de dinheiro sujo obtido em transações tenebrosas na estatal. Cabia a ele expatriar e trazer de volta o dinheiro quando os envolvidos precisassem. 

• Entre as muitas outras histórias consideradas convincentes pelos investigadores e que ajudam a determinar a alta posição do doleiro no esquema — e, consequentemente, sua relevância pa¬ra a investigação —, estão lembranças de discussões telefônicas entre Lula e Paulo Roberto Costa sobre a ampliação dos “serviços”, antes prestados apenas ao PP, também em benefício do PT e do PMDB. 

• “O Vaccari está enterrado”, comentou um dos interrogadores, referindo-se ao que o do¬leiro já narrou sobre sua parceria com o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto. O doleiro se comprometeu a mostrar documentos que comprovam pelo menos dois pagamentos a Vaccari. O dinheiro, desviado dos cofres da Petrobras, teria sido repassado a partir de transações simuladas entre clientes do banco clandestino de Youssef e uma empresa de fachada criada por Vaccari. 

• O doleiro preso disse que as provas desses e de outros pagamentos estão guardadas em um arquivo com mais de 10 000 notas fiscais que serão apresentadas por ele como evidências. Nesse tesouro do crime organizado, segundo Youssef, está a prova de uma das revelações mais extraordinárias prometidas por ele, sobre a qual já falou aos investigadores: o número das contas secretas do PT que ele operava em nome do partido em paraísos fiscais. Youssef se comprometeu a dar à PF a localização, o número e os valores das operações que teria feito por instrução da cúpula do PT. 
• Youssef dirá que um integrante da ¬coor¬denação da campanha presidencial do PT que ele conhecia pelo nome de “Felipe” lhe telefonou para marcar um encontro pessoal e adiantou o assunto: repatriar 20 milhões de reais que seriam usados na cam¬panha presidencial de Dilma Rousseff. Depois de verificar a origem do telefonema, Youssef marcou o encontro que nunca se concretizou por ele ter se tornado hóspede da Polícia Federal em Curitiba. Ricardo Noblat (Blog do Noblat) 


MENSALÃO: RODRIGO JANOT DÁ AVAL PARA QUE JOSÉ DIRCEU PASSE A CUMPRIR PENA EM CASA 


Mariana Oliveira Da TV Globo 
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer nesta sexta-feira (24) ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual dá aval para que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu passe a cumprir em casa a pena do processo do mensalão do PT. 
Condenado a 7 anos e 11 meses de prisão pelo crime de corrupção ativa, Dirceu pediu ao Supremo progressão do regime semiaberto, no qual está preso atualmente e tem autorização para sair do presídio durante o dia para trabalhar, para o aberto, que no Distrito Federal é sempre cumprido em prisão domiciliar. 
Ele argumentou que já cumpriu um sexto da pena, requisito para obtenção do benefício. 
Dirceu está preso desde novembro do ano passado em Brasília e atualmente tem autorização para trabalhar fora da prisão em um escritório da capital federal, mas tem que voltar para dormir na cadeia. 
Caso obtenha prisão domiciliar, terá que se recolher em casa entre 21h e 5h, se forem observadas as normas previstas para os demais presos. 


PETROLÃO: GABRIELLI PAGOU R$ 1 MI PARA QUE AGÊNCIA NÃO DENUNCIASSE ESQUEMA, DIZ VEJA 


No suposto depoimento do doleiro Alberto Youssef ao qual a revista Veja teria tido acesso, não são citados apenas a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 
A edição desta sexta-feira (24) traz ainda um caso que teria ocorrido no final do governo Lula: o então presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli – homem de confiança do ex-presidente – teria determinado que Youssef captasse R$ 1 milhão de reais entre as empreiteiras que participavam do esquema bilionário de lavagem de dinheiro para comprar o silêncio de uma agência de publicidade. 
A empresa teria ameaçado “explodir” o esquema de corrupção na estatal após pagar antecipadamente propina e ter, ainda assim, seu contrato reincidido.
O doleiro não cita envolvimento direto de Lula e Dilma nas transações, mas disse ter condições de apresentar provas de que a movimentação não poderia ter existido sem o conhecimento dos petistas. 
A revista explica que, neste momento da delação premiada – que deve conseguir reduzir a pena do operador do esquema – Youssef não tem que apresentar as provas do que diz, apenas convencer o Supremo Tribunal Federal (STF) de que está falando a verdade. Segundo a Veja, caso alguma informação dada seja mentira, o doleiro não só perde os benefícios da delação como pode ter acrescidos quatro anos na sua pena. 
De acordo com a revista, o atual secretário de Planejamento da Bahia não quis se pronunciar sobre o assunto. 


PREFEITO DE SENTO SÉ É SENTENCIADO A 10 ANOS DE PRISÃO 

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A Tarde 
O prefeito de Sento Sé Ednaldo Barros (PSDB) foi sentenciado nesta quinta-feira, 23, pela 2ª Câmara do Tribunal de Justiça a cumprir dez anos e três meses de reclusão. Segundo informações do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), o prefeito foi condenado por desviar recursos públicos. Ednaldo foi eleito em 2009 e reeleito em 2012. 
Ele também já havia sido prefeito de 1997 a 2003. Ainda de acordo com o MP-BA, Ednaldo desviou recursos por meio de aquisições fraudulentas de móveis escolares e materiais de limpeza realizadas em 1998 e acobertadas com notas fiscais "frias". 
Além do tempo de reclusão, a sentença prevê ainda perda do cargo, afastamento imediato das funções, inelegibilidade por oito anos e inabilitação para o exercício do cargo público por cinco anos. A condenação teve como base duas ações penais ajuizadas pelo Núcleo de Investigação de Crimes Atribuídos a Prefeitos (CAP) do MP-BA.

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