sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

NACIONAIS

30/01/2015
AS CHAVES DO DR. JANOT 

Em meio à Lava-Jato, Rodrigo Janot trocou as fechaduras da PGR. Por 56 000 reais, a Procuradoria trocou os segredos de dezenas de portas, cofres e cadeados, consertou tambores danificados e ainda providenciou a cópia de 3 350 chaves. Por Lauro Jardim/VEJA 


RENAN CONVOCA ‘TROPA’ PARA DERROTAR ADVERSÁRIO 

Candidato à reeleição na presidência do Senado, muito embora tenha dito que não o seria, Renan Calheiros (PMDB-AL) fez da residência oficial seu “QG”, para traçar com sua “tropa de choque” estratégia, mapear o território e derrotar o “inimigo”, Luiz Henrique (PMDB-SC), neste domingo. 
Os aliados de Renan estimam que ele terá entre 52 e 55 votos, a menos que as esperadas traições do PT surtam efeito. 
Renan tem se reunido até altas horas com José Sarney (PMDB-AP), que, mesmo em final de mandato, ainda é muito influente no Senado. 
A cúpula do PMDB tenta descobrir “o real padrinho” da candidatura de Luiz Henrique (SC) à presidência do Senado. Vê o “dedo” do Planalto. 
 Pela tradição do Senado, a maior bancada indica o presidente, por isso o PMDB vai escolheu seu candidato oficial nesta sexta-feira. Luiz Henrique admitiu que será derrotado pelos colegas do PMDB, mas avisou que se apresentará como candidato “avulso”, no plenário. CláudioHumberto 


PARA TER VOTOS EM CHINAGLIA, GOVERNO PROMETE LIBERAR EMENDAS A NOVATOS, DIZ CUNHA 

Deputados novatos relataram que o governo vem prometendo liberar emendas parlamentares para garantir o voto no petista Arlindo Chinaglia (SP), disse nesta quinta-feira, 29, o candidato do PMDB à presidência da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ). 
Cunha afirmou que o PMDB só votará o Orçamento se os novos tiverem direito às emendas impositivas. “Só acredita nisso (promessa do governo) quem não conhece a Casa”, disse o peemedebista. 
Como o Orçamento de 2015 ainda não foi votado pelo Congresso, Cunha fez um acordo com o senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator do projeto, para incluir reserva orçamentária aos 224 deputados que não tiveram a oportunidade de encaminhar suas emendas no final do ano passado porque ainda não tinham mandato. Daiene Cardoso 
BZ-A eleição será no domingo e a campanha esquentou de vez. O Palácio do Planalto entretanto, vive o dilema: não se sabe o que poderá ser pior para a presidente Dilma, um Eduardo Cunha eleito na presidência da Câmara, ou um Eduardo Cunha derrotado, magoado com o Planalto, liderando o PMDB no plenário da Câmara.


GRAÇA DIZ QUE PETROBRAS PASSARÁ POR ‘REDIMENSIONAMENTO’ 

A Petrobras passará por um “redimensionamento” em seu plano de negócios e gestão de 2015, na avaliação da presidente da companhia, Graça Foster. 
A avaliação é que o documento, que só deverá ser apresentado até junho, trará reduções de investimentos da companhia e uma avaliação sobre a “materialidade” de construir projetos no País ou no exterior. 
Entre os redimensionamentos, Graça Foster mencionou que a produção de óleo da companhia “certamente será atenuada” nos próximos anos, em função da determinação da empresa em não buscar novos financiamentos em 2015. 
“O mote do Plano de Negócios para 2015 e depois é o redimensionamento da Petrobras e a combinação com a materialidade de construção no Brasil ou no exterior de seus projetos”, afirmou. “Essa é a grande combinação. Este ano de 2015 trabalhamos para não ser necessário acessar e contratar novas dívidas. 
Em 2016 e 2017, também buscaremos o mínimo de contratação de dividas. E isso leva, sim, a um redimensionamento do plano de negócios da Petrobras”, reforçou a diretora. 
Segundo a executiva, até junho as variáveis do Plano de Negócios estarão mais próximas de um “ponto de equilíbrio”, como a cotação do óleo Brent e a taxa de câmbio. 
“Queremos trabalhar no plano com o nível de materialidade maior. Isso certamente vai causar influência ao longo do ano de 2016 e 2017. 
A curva de produção certamente será atenuada”, pontuou. Graça ainda citou que o redimensionamento decorre de variáveis como a financiabilidade da companhia e os efeitos da Operação Lava Jato. Estadão Conteúdo 


MINISTRO DO STF DIZ QUE DELAÇÃO PREMIADA ‘ESTÁ NA BERLINDA’ 

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto avalia que o mecanismo de delação premiada, por ser novo ainda no Brasil, “está na berlinda”, mas acredita que é algo positivo para a democracia brasileira. 
“A delação está na berlinda, está sob o olhar aceso dos escritórios. Não quero antecipar juízo técnico, porém não posso deixar de dizer que ela tem cumprido a função de desvendamento”, disse após participar de um debate sobre reforma política, promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pela TV Cultura. 
Usada mais intensamente nos processos de investigação a partir da operação Lava Jato, da Polícia Federal, que apura desvios bilionários da Petrobras, a delação tem sido alvo de embates jurídicos, em especial a partir de argumentações da defesa contra o mecanismo. 
Advogados têm reclamado, por exemplo, de não terem acesso às delações. 
Depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa têm trechos sob sigilo depois de o processo ter sido encaminhado para o STF por envolver nomes de políticos com foro privilegiado. 
Ayres Britto acredita que o mecanismo precisa passar por uma análise jurídica profunda para ser aprimorado e reforçado, de forma a garantir o direito ao contraditório e o amplo direito à defesa. Ana Fernandes e Pedro Venceslau, Estadão Conteúdo

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