segunda-feira, 9 de março de 2015

ESCANDALÔMETRO: MENSALÃO, TREMSALÃO, PETROLÃO...

09/03/2015
MP INVESTIGA FAVORECIMENTO NA COMPRA DOS CAÇAS 
O caça Gripen NG, que comporá a Força Aérea Brasileira 
A concorrência entre Dassault, Boeing e Saab pelo contrato de US$ 4,5 bilhões para vender à Aeronáutica brasileira 36 aviões-caça virou alvo de investigação do Ministério Público. 
Segundo parecer do MP, o fato mais preocupante sobre a compra bilionária é o envolvimento da fabricante de componentes aeronáuticos AEL Sistemas, com sede em Israel e filial no Brasil. Curiosamente as três empresas que disputavam o contrato escolheram a AEL como a fornecedora dos componentes. 
O parecer do MP aponta que parentes de integrantes da Aeronáutica foram escolhidos para trabalhar na filial da AEL Sistemas no Brasil. 
A Polícia Federal investiga a contratação pela AEL Sistemas no Brasil de um cunhado do ex-comandante da Aeronáutica Juniti Saito. O departamento de Inteligência da PF apura contratação de um jovem, “Gilberto”, que também teria parente de alto escalão da Aeronáutica. 
Outro indicativo é o faturamento da AEL Sistemas no Brasil: R$ 300 mil em 2003. Mas em 2011 já havia saltado para R$ 54 milhões. Cláudio Humberto. 
BZ-É difícil, senão impossível, encontrarmos um grande negócio neste governo, sem a tal da CORRUPÇÃO. 


TABELA DE PREÇOS PROVOCAVA BRIGA NO PP, AFIRMA YOUSSEF 

O pagamento de dinheiro desviado da Petrobras a congressistas do PP provocava brigas e obedecia a uma espécie de tabela de preços, proporcional à força política de cada um. 
A informação foi dada pelo doleiro Alberto Youssef, em delação premiada, segundo publicou a Folha de S. Paulo. De acordo com Youssef, líderes do PP recebiam entre R$ 250 mil e R$ 500 mil por mês, enquanto "demais parlamentares recebiam entre R$ 10 mil e R$ 150 mil conforme sua força política dentro do partido". 
O doleiro era operador do PP na diretoria de Abastecimento, então sob responsabilidade de Paulo Roberto Costa, e intermediava propina de empreiteiras ao diretor. Um percentual ia para o PP. 
O esquema foi montado pelo ex-deputado José Janene e se manteve após sua morte, em 2010. 
Segundo Youssef, Janene distribuía os recursos do PP, dando as maiores quantias aos líderes Mário Negromonte (BA), ex-ministro e hoje no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia; João Pizolatti (SC) e Pedro Corrêa (PE), ex-deputados; e Nelson Meurer (PR), deputado.
Após a morte de Janene, Negromonte é apontado por Youssef como novo líder do grupo. A entrega de dinheiro ao ex-ministro chegou a ser feita em seu apartamento funcional, em Brasília, e em sua casa, em Salvador. 
Youssef disse ainda que quando o grupo de líderes tomou o comando, passou a sobrar menos dinheiro para os demais. Houve, por isso, rebelião de um outro grupo, que tomou o comando, formado pelos senadores Ciro Nogueira (PI) e Benedito Lira (AL) e pelos deputados Arthur Lira (AL), Eduardo da Fonte (PE) e Aguinaldo Ribeiro (PB), ex-ministro. Presidente do PP e falando pelo partido, Nogueira afirmou que as declarações de Youssef são "denúncias irresponsáveis", que jamais ouviu falar em propina e que a grande maioria dos quadros da sigla foram citados por supostas irregularidades envolvendo doação de campanha. Os demais parlamentares não foram localizados pela Folha. 
BZ-O doleiro Youssef é só um operador. Quem era o chefão? Quem garantia que o esquema combinado ia funcionar? Certamente alguém com capacidade de comandar ou apenas de mandar na Petrobrás, Bancos estatais, etc...o que viabiliza o esquema.


JANOT IDENTIFICA 4 NÚCLEOS EM ESQUEMA DA PETROBRAS 

A Procuradoria-Geral da República identificou uma estrutura de quatro núcleos no esquema de corrupção na Petrobras – político, administrativo, econômico e financeiro
Segundo Rodrigo Janot, chefe do Ministério Público, o “esquema criminoso” contava com a participação regular de integrantes de pelo menos três partidos, PP, PT e PMDB. 
O procurador anotou que diretores da estatal pagavam mesada a deputados para terem apoio político e permanecerem em seus cargos por longo período.
A base da investigação que tem 34 parlamentares como alvo, autorizada na sexta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, são os depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, delatores da Operação Lava Jato. 
A dupla atuou nos contratos firmados pela Diretoria de Abastecimento e revelou que integrantes de partidos (núcleo político) indicavam os diretores da estatal (núcleo administrativo), que se valiam dos cargos para contratar empreiteiras previamente escolhidas em um cartel (núcleo econômico). 
Esses diretores pagavam mensalmente, a título de propina, cerca de 3% do valor dos contratos aos integrantes dos partidos que participavam do esquema, aos agentes públicos e aos operadores financeiros. Estes ficavam em média com 20% da propina paga. 
O pagamento era feito diretamente pelas empreiteiras aos agentes políticos ou por meio dos operadores (núcleo financeiro). Esse esquema funcionou, segundo os colaboradores, pelo menos de 2004 a 2012. Estadão
BZ-A existência de "núcleos", de um "coordenador", de valores diferenciados nas propinas, calculados de acordo com a importância política de cada um, etc... , mostra claramente a existência de um comando em linha. Quem é o comandante, que pode garantir que as coisas andem conforme planejado na Petrobrás?

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