sexta-feira, 31 de julho de 2015

ADVOGADA DE DELATORES ACUSA DEPUTADOS DA CPI DE PERSEGUI-LA: ‘FECHEI MEU ESCRITÓRIO’

31/07/2015
Beatriz Catta Preta, a advogada ameaçada
A advogada Beatriz Catta Preta, em entrevista ao Jornal Nacional, afirmou que deputados que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras tentam intimida-la e persegui-la, após a delação do empresário Júlio Camargo envolver o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 
Ela foi responsável por acordos de delações premiadas de nove investigados na Operação Lava Jato, entre eles Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco. 
“Não recebi ameaças de morte, não diretas. Mas elas veem de forma velada, cifradas. 
Vamos dizer que aumentou essa tensão, aumentou a tentativa de intimidação a mim e a minha família”, relatou a causídica nesta quinta-feira (30). 
Segundo ela, Júlio Camargo apresentou novas informações por “fidelidade” ao processo de delação. “Antes ele tinha receio, tinha medo de chegar ao presidente da Câmara”, sinalizou Beatriz, sem citar nominalmente Cunha. 
A advogada rechaçou ainda as cifras, citadas em R$ 20 milhões, e eventuais pagamentos no exterior pelo trabalho os acordos de delação. “Esse número é absurdo. Não chega perto da metade disso. 
O dinheiro foi pago via transferência bancária ou cheque, com nota fiscal e impostos recolhidos. 
Nunca recebi um centavo fora do Brasil”, garantiu. Por conta do receio, após um período de férias nos Estados Unidos, a jurista encerrou a carreira de advogada. 
“Depois de tudo o que está acontecendo e por zelar pela segurança da minha família eu resolvi encerrar minha carreira na advocacia, fechei meu escritório”, apontou. por Fernando Duarte/O Globo
BZ-"O rato come o queijo, e a culpa é do queijo". Uma advogada não pode ser responsável pelos depoimentos de seus clientes, ainda que ela tenha influído neles. O que ela conhece do assunto, lhe foi contado pelo cliente, e portanto está protegido pelo sigilo profissional, logo não pode ser revelado. Por isso não adianta convidar ou convocar uma advogada para depor em CPIs. Aí está outra razão de acreditarmos que essa CPI tem segundas e terceiras intenções, menos apurar o roubo na Petrobrás. 

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