terça-feira, 1 de setembro de 2015

ESCANDALÔMETRO: MENSALÃO, TREMSALÃO, PETROLÃO, CARTOLÃO...

01/09/2015
CPI SE FRUSTRA COM SILÊNCIO DOS ALVOS DA LAVA JATO 
Zé Dirceu, uma imitação barata daquilo que poderia ter sido
Depois de pouco mais de duas horas a CPI da Petrobrás terminou nesta segunda-feira, 31, seu primeiro dia de trabalhos em Curitiba, base da Operação Lava Jato, mas sem obter qualquer revelação. 
Os cinco convocados, entre eles o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil/Governo Lula), permaneceram em silêncio total. Por orientação de seus defensores, diante das perguntas dos parlamentares todos ficaram de boca fechada. 
O primeiro a ser levado à mesa diante dos deputados da CPI que investiga propinas na Petrobrás, foi o ex-chefe da Casa Civil no governo Lula, que repetiu a cada pergunta que permaneceria calado, por orientação de seu advogado, o criminalista Roberto Podval. 
O segundo convocado foi o lobista João Augusto Bernardi Filho, que era representante de uma multinacional italiana e mantinha vínculos com a empreiteira Odebrecht. 
Na sequência, foi chamado o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques Azevedo. Depois, sentou à mesa para ser questionado pelos membros da CPI o ex-diretor de Internacional da Petrobrás Jorge Zelada. 
O interrogatório do executivo Elton Negrão de Azevedo foi o último da lista do dia, mas, como os outros que o anteceram, ficou calado à frente aos parlamentares. 
Nesta terça-feira, 1, a CPI pretende interrogar mais seis investigados, entre elas o presidente da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, preso desde 19 de junho pela Operação Erga Omnes, desdobramento da Lava jato.
Odebrecht também deverá permanecer calado diantes dos parlamentares. “Espero que quem está sendo ouvido, em outro momento, seja orientado por sua defesa a prestar seus esclarecimentos”, afirmou o deputado federal Antônio Imbassahy (PSDB-BA), um dos autores do pedido de interrogatório de José Dirceu. Estadão
BZ-Zé Dirceu, sentado numa cadeira de indiciado ao invés da cadeira presidencial, para qual ele tanto se preparou e teria chegado, não fosse o açodamento e o sentimento de impunidade. Melancólico. Se ficar calado, provavelmente vai ter uma longa pena, o que para um homem de 70 anos, não é uma alternativa promissora.

EMPREITEIRO CONDENADO DIZ QUE MORO É 'ESPERANÇA DO BRASIL' 

Condenado a quinze anos de prisão na Operação Lava Jato há pouco mais de um mês, o executivo Dalton Avancini, ex-presidente da construtora Camargo Corrêa, afirma que o juiz federal Sergio Moro, é, na verdade, a "esperança do Brasil" por conduzir com "linha dura" os processos do maior escândalo de corrupção do país. 
Com uma tornozeleira eletrônica estrategicamente escondida no termo bem cortado, Avancini conversou rapidamente com o site de VEJA pouco antes de depor como testemunha de acusação no inquérito em que é réu Marcelo Odebrecht, o maior empreiteiro do país. 
Ao juiz Sergio Moro, Dalton Avancini promete detalhar a participação da Odebrecht no Clube do Bilhão, cartel de empreiteiras que fraudava contratos com a Petrobras e distribuía propina a agentes públicos. "Sergio Moro é linha dura. Eu acho que ele quer dar o exemplo. Ele é a esperança do Brasil, né?", disse o executivo delator. Por: Laryssa Borges, de Curitiba/Veja  
BZ-Particularmente não gosto de "salvadres da pátria" ou super-homens. Vejo no juiz Sérgio Moro, um profissional sério e qualificado, que está cumprindo o seu dever. Que continue pois. 

JANOT É 13? 

Gilmar Mendes disse limpidamente que Rodrigo Janot, ao se recusar a investigar a VTPB, acobertou Dilma Rousseff: “Vem o despacho do procurador determinando o arquivamento, sintomaticamente no dia 13, deve ser mera coincidência. 
E diz que não há o que investigar porque a campanha já se encerrou, quando nós não estamos falando de ilícitos eleitorais. 
Não tem nada a ver com este tema. O que nós estamos cogitando é de eventuais ilícitos criminais de ordem societária, falsidade e até estelionato contra a própria campanha. 
Ora, o Ministério Público a toda hora está pedindo cassação de mandato de vereadores, de prefeitos, de governadores, de senadores. 
Então isto vale apenas para a campanha da presidente Dilma?”. E mais: “O parecer é ridículo. Não tem sustentação jurídica. Recomendar ao tribunal eleitoral que aja de forma pacificada? Sabe o que isso representa? É como se a gente dissesse o seguinte: para resolver um conflito entre o sequestrador e a vítima a polícia não deveria intervir porque assim o sequestrador leva a vítima e com isso o assunto está resolvido”. 
Perguntado se o despacho de Rodrigo Janot foi fruto de um “acordão”, Gilmar Mendes respondeu na lata: “Não vou fazer psicografia de despacho. Não me cabe. Agora, que a fundamentação vai de infantil a pueril é evidente”. O Antagonista

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Espaço aberto para o leitor contribuir com o debate de forma qualificada. (O autor da matéria comentada ou o editor do blog dará uma resposta explicativa ao comentarista sempre que houver necessidade, abaixo do comentário).