11/12/2015
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta (11), a operação Vidas Secas – Sinhá Vitória, para prender suspeitos de participar de um esquema de superfaturamento das obras de engenharia executadas para a transposição do Rio São Francisco.
Segundo as investigações, empresários do consórcio OAS/Galvão/Barbosa Melo/Coesa utilizaram empresas de fachada para desviar cerca de R$ 200 milhões das verbas públicas destinadas às obras, no trecho que vai do agreste de Pernambuco à Paraíba.
O consórcio cuidava de dois lotes dos 14 envolvidos na transposição do São Francisco. Os contratos investigados até o momento são de R$ 680 milhões.
Ainda de acordo com a PF, algumas empresas ligadas à organização estariam em nome do doleiro Alberto Youseff e de um lobista de nome ainda não divulgado, investigados na Operação Lava Jato.
Ao todo, serão cumpridos 32 mandados judiciais nos estados de Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e Brasília, sendo quatro mandados de prisão no Rio de Janeiro, Distrito Federal, São Paulo e Goiás, quatro mandados de condução coercitiva no Rio Grande do Sul, em São Paulo e Goiás.
Ainda há 24 mandados de busca e apreensão, sendo sete em Pernambuco. Orçado em R$ 8,2 bilhões, o projeto, de iniciativa federal, tem o objetivo de garantir a segurança hídrica para 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, beneficiando aproximadamente 12 milhões de habitantes. Iniciada em 2006, a obra tinha orçamento inicial de R$ 4,5 milhões e, devido aos atrasos, teve o custo praticamente dobrado.
Segundo o Ministério da Integração Nacional, a demora na entrega dos trechos acontece devido à burocracia na escolha das empresas e na adaptação dos projetos iniciais. Do G1, em São Paulo
BZ-Será que há no Brasil, alguma grande obra, cuja a realização está isenta da corrupção?
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