segunda-feira, 3 de julho de 2017

NOS EUA, LEIS RESTRINGEM LOBBY DA JBS

03/07/2017 
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Protagonista do maior escândalo de financiamento ilegal de campanhas no Brasil, a JBS adotou uma estratégia distinta para exercer influência política nos EUA, onde é uma das líderes do setor de carnes. 
Submetida a regras estritas de transparência, a companhia centrou esforços em atividades de lobby, nas quais gastou US$ 7,15 milhões (R$ 24 milhões) desde 2007, quase dez vezes o que investiu no apoio a candidatos. 
Os valores são ínfimos quando comparados aos R$ 352 milhões doados oficialmente pela JBS na eleição brasileira de 2014 – cifra que, além disso, deve ser bem mais alta, considerando-se que há ainda uma boa parte de recursos doados por meio de caixa 2 ou do pagamento de propinas. 
Analistas ouvidos pelo Estado disseram que é muito difícil campanhas receberem dinheiro não declarado nos EUA, ainda que a possibilidade de influência econômica nas disputas tenha se ampliado. 
Qualquer doação superior a US$ 200 (R$ 688) deve ser registrada. 
No caso do lobby, a atividade é regulamentada e os contratados pelas empresas para defender seus interesses são obrigados a apresentar relatórios trimestrais ao Senado, nos quais descrevem quanto receberam, quais temas que promoveram e com quais Casas do Congresso e órgãos da administração interagiram. 
No Brasil, as empresas usam o suborno e as doações legais ou via caixa 2 para influenciar as decisões dos parlamentares, disse o economista Mauricio Moura, presidente do Ideia Big Data, que divide seu tempo entre os EUA e o Brasil. 
“Uma coisa que a Lava Jato revelou, especialmente na delação da Odebrecht, é quanto custa um projeto de lei ou uma medida provisória. Pela primeira vez isso foi precificado.
Havia um mercado de balcão legislativo”, afirmou. Estadão

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