06/12/2017
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A visita de Evo Morales a Brasília só não foi inteiramente inútil porque, além de “filar” a boia no Itamaraty, ele assinou acordo de segurança que prevê, entre outras obviedades, cooperação contra o “tráfico ilícito de entorpecentes”, como se existisse um “tráfico lícito”.
O acordo é uma hipocrisia: ignora o fato de a Bolívia produzir 80% da cocaína consumida no Brasil e nele não há qualquer compromisso do visitante em reduzir a produção da folha de coca, matéria-prima da droga.
Ideólogos da quase ditadura boliviana acham que cocaína ajuda a fragilizar “potências imperialistas”.
Eles acham o Brasil “imperialista”.
Documento do Itamaraty, de 2007, avisava que a Bolívia de Morales prometia combater o narcotráfico, mas só valorizava a folha de coca.
A Bolívia sob o tacão de Evo Morales foi suspensa do Grupo Egmont, que reúne 105 países contra lavagem de dinheiro e o terrorismo.
Com sua visita a Brasília, Morales acabou por reconhecer a legalidade e a legitimidade do governo Temer, após xingá-lo de “golpista”. Cláudio Humberto
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