26/02/2013
RESGATE DE FHC POR TUCANOS CRISTALIZA DUELO COM LULA E PT
Vera Rosa e Eugênia Lopes, Estadão
Após se enfrentarem nas eleições de 1994 e 1998, os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso voltarão a protagonizar a disputa pelo comando do País. Serão os padrinhos dos candidatos do PT, Dilma Rousseff, e do PSDB, Aécio Neves. Nesse período de duas décadas, Lula não deixou o palanque. A novidade, agora, é o resgate de FHC pelos tucanos. Aécio assumiu o discurso de defesa da gestão do fundador do PSDB, algo que os dois últimos candidatos do partido – José Serra e Geraldo Alckmin – não fizeram abertamente nas campanhas de 2002, 2006 e 2010, vencidas pelos petistas. FHC, apresentado como “o pai do Plano Real” e da estabilização econômica brasileira, vai correr o País para promover o senador mineiro num momento delicado para o governo petista, de baixo crescimento do PIB – algo que pode se tornar um dos principais percalços da campanha à reeleição da presidente no ano que vem. Já Lula será o principal articulador político da campanha de Dilma com um discurso de comparação com o governo tucano, inclusive no que se refere a desempenho econômico, apresentando números favoráveis à gestão petista no Planalto. Vai voltar a explorar, inclusive, a rejeição a medidas como as privatizações. A atuação dos dois ex-presidentes reforça a polarização entre PT e PSDB, que marca as disputas pelo Palácio do Planalto desde 1994.
DILMA: AMPLIAÇÃO DO BRASIL SEM MISÉRIA É FATO HISTÓRICO QUE SUPEROU PRAZOS E METAS
Paula Laboissière, Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (25) que a ampliação do Programa Brasil sem Miséria é um fato histórico que superou prazos e metas. Com as mudanças, cerca de 2,5 milhões de brasileiros cadastrados no Bolsa Família vão receber complemento para ultrapassar a renda de R$ 70 por pessoa, considerado o patamar que supera a linha da extrema pobreza. “Isso significa que viramos uma página, uma página decisiva de uma longa história de exclusão social e agora nós damos mais um passo para construir um Brasil sem miséria”, avaliou Dilma. No programa semanal Café com a Presidenta, ela lembrou que, desde o ano passado, famílias com crianças de até 15 anos já tinham direito ao benefício de R$ 70 por pessoa. “O enorme sucesso do Brasil Carinhoso nos mostrou o caminho: que era possível e que podíamos avançar ainda mais e garantir a todas as famílias brasileiras que recebem o Bolsa Família uma renda de pelo menos R$ 70 por pessoa, tirando-as da chamada pobreza extrema”, lembrou. O próximo passo, segundo Dilma, é localizar pessoas que vivem na extrema pobreza e que ainda estão fora do cadastro único. A estimativa do governo federal é que 700 mil famílias vivam nesta situação e não recebam benefício algum. “Vencemos a pobreza extrema visível e agora vamos atrás da pobreza extrema invisível, aquela que teima em fugir dos nossos olhos e dos nossos programas sociais”, destacou. Leia mais na Agência Brasil.
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