Na bica de da primeira viagem oficial de Dilma Rousseff a Pequim, em abril, o governo criou um grupo para reestruturar as relações comerciais com a China.
Deve-se a iniciativa a uma ordem de Dilma aos ministros Antonio Patriota (Relações Exteriores) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio).
Alessandro Teixeira, secretário-executivo da pasta de Pimentel, disse que a ideia do governo é a de definir “uma estratégia especial” em relação à China.
Por quê? “A China hoje é um fator diferente. Produz qualquer produto com a metade do custo da média mundial...”
“...Então, isso é um problema para o Brasil e também para os outros países. Haverá setores que vão perder competitividade e podem ter problemas...”
“...É o caso de brinquedos, têxtil e vestuário. Só vamos conseguir ganhar mercado se nos especializarmos em nichos”.
A China é, hoje, a maior parceira comercial do Brasil. Em 2010, os negócios somaram US$ 56,3 bilhões (superávit de US$ 5,1 bilhões em favor do Brasil).
Houve um salto de US$ 20 bilhões em relação a 2009. O problema é que o grosso das exportações brasileiras (68%) resumem-se a minério de ferro e soja.
Os chineses, em contrapartida, despejam no Brasil produtos de alta tecnologia –30% são eletroeletrônicos, especialmente componentes de informática e telefonia.
Daí a preocupação do governo em empurrar a indústria nacional na direção da “especialização em nichos”. Não é coisa que ocorre do dia pra noite. (BLOG DO JOSIAS)
BZ-Mais uma correção que a atual administração vai ter que fazer, a fim de consertar as besteiras praticadas na administração passada.
Jamil Chade, correspondente de O Estado de S. Paulo
GENEBRA - " O Brasil está começando a se redimir do fato de ter apoiado tanto ditadores nos últimos anos ". A declaração é da prêmio Nobel da Paz, a iraniana Shirin Ebadi (foto), que nesta segunda-feira foi recebida em um almoço pela diplomacia brasileira em Genebra, algo que ela mesmo diz que acreditava ser "impensável" durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Shirin Ebadi, prêmio Nobel da Paz e opositora ferrenha de Ahmadinejad, vê guinada na posição do País após Lula, mas espera que discurso por direitos humanos não seja apenas estratégia política.
BZ-Esse é o resultado concreto da canhestra política externa desenvolvida na administração pasaada, e que a atual administração está mudando paulatinamente.
CORTES AMEAÇAM BANDEIRAS FEMINISTAS
As políticas para mulheres — prioridade do governo da presidente Dilma Rousseff — já começam a sofrer os efeitos do corte orçamentário do governo federal. A secretaria responsável pelas ações deverá apresentar nos próximos dias à Presidência da República um detalhamento dos projetos para 2011, numa tentativa de minimizar a redução orçamentária. A prioridade é manter recursos no combate à violência e nas ações previstas no Plano Nacional, que inclui autonomia econômica e inclusão social, educação, saúde e direitos sexuais. Para as feministas, o maior problema da secretaria é o baixo orçamento. Este ano o total autorizado é de R$ 114,4 milhões. O programa de combate à violência, carro-chefe das atividades da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SEPM), executou até agora R$ 2,5 milhões dos R$ 36,9 milhões autorizados para 2011. Do total pago, R$ 1,8 milhão é referente a restos a pagar. Menos de R$ 400 mil foram usados em novos investimentos. A rubrica reúne projetos de ampliação e de consolidação da rede de serviços especializados de atendimento às mulheres em situação de violência. Quarta meta do Plano Nacional de Política para Mulheres, espécie de diretriz da secretaria, o enfrentamento da violência engloba a consolidação de uma política com a efetivação da Lei Maria da Penha e ações para garantir o acesso à justiça das mulheres, inclusive aquelas que vivem no campo e na floresta. Leia mais no Correio Braziliense.
OPOSIÇÃO A DILMA AGORA FALA EM OBSTRUIR E ENDURECER
Depois de passar os três primeiros meses do governo Dilma Rousseff amargando derrotas no Congresso e atravessando graves crises internas, os partidos de oposição ensaiam uma tentativa de reorganização. Por enquanto, a oposição formou um ‘novo’ partido, o POB, Partido da Oposição Branda, que criou menos problemas ao Planalto do que os próprios governistas – a começar pelo PDT. Mas a ideia é deixar esse comportamento moderado para trás a partir de agora. PSDB e DEM terão eleições entre março e maio para homologar seus novos dirigentes e já planejam aumentar o tom crítico ao governo. O plano é tentar expor publicamente os problemas da administração da presidente Dilma Rousseff e endurecer o relacionamento com o governo em plenário, com obstruções regimentais (como nas MPs 508 e 509, de créditos suplementares). O grande problema para a oposição tem sido “curar as feridas” provocadas pela terceira derrota seguida na disputa presidencial. O PSDB ainda administra os efeitos da divergência interna que levou à candidatura presidencial do ex-governador de São Paulo José Serra em detrimento da então governador mineiro Aécio Neves. (Agência estado)
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