DILMA MUDA O JOGO DO BRASIL NO XADREZ INTERNACIONAL
Eliane Oliveira e Evandro Éboli, O Globo
A presidente Dilma Rousseff imprimiu personalidade própria à sua política externa. A diferença entre a forma como joga no xadrez internacional e a de seu antecessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é que ela deu maior ênfase aos direitos humanos, evidenciada com a mudança da posição do Brasil em relação ao Irã.
Já ficou também claro que ganha força a relação do Brasil com os Estados Unidos - além dessa questão sobre o Irã, a parceria comercial pode ter novos parâmetros.
Há duas semanas, a delegação brasileira votou a favor de uma resolução que prevê o envio de um relator da ONU para apurar denúncias relacionadas ao aumento de execuções de opositores ao regime islâmico fundamentalista e abusos em geral.
ATUAÇÃO DE DILMA CONTRA INFLAÇÃO DIVIDE BRASILEIROS
A pesquisa CNI/Ibope do mês de março, divulgada [ontem], 1º, mostra que 48% dos entrevistados aprovam as ações do governo de combate à inflação. No entanto, outros 42% desaprovam a política governamental de combate à inflação. Em relação à política de juros, a pesquisa aponta um empate: 43% aprovam a política de juros e 43% desaprovam. Outros 14% não souberam ou não quiseram responder. O levantamento aponta que 58% dos pesquisados aprovam as políticas de combate ao desemprego e 35% desaprovam. Outros 7% não sabem ou não responderam. A pesquisa CNI/Ibope também perguntou aos entrevistados qual deveria ser o tratamento dentro do governo em relação ao combate à inflação. Parcela de 44% afirmou que deve ter prioridade igual a outras políticas do governo. Para 40%, o combate à inflação deve ser prioritário em relação às demais políticas. Apenas 9% acreditam que o combate à inflação não deve ser prioridade e 7% não sabem ou não responderam. (Agência Estado)
SÃO TANTOS MINISTROS QUE DILMA AINDA NÃO RECEBEU SEIS
Luiza Damé , O Globo
Em três meses de governo, seis dos 37 ministros não tiveram audiência individual com a presidente Dilma Rousseff, segundo levantamento feito pelo GLOBO. São eles: Jorge Hage (CGU), Pedro Novais (Turismo), Mário Negromonte (Cidades), Garibaldi Alves Filho (Previdência), Wagner Rossi (Agricultura) e Moreira Franco (Assuntos Estratégicos).
Nesse grupo, quatro são filiados ao PMDB. Negromonte é do PP, e Hage não tem partido.
Na outra ponta, dos mais frequentes, estão ministros que tiveram mais de duas audiências por mês com a presidente. O seleto grupo é integrado por Guido Mantega (Fazenda), Antonio Palocci (Casa Civil), Antônio Patriota (Relações Exteriores), Edison Lobão (Minas e Energia), Fernando Haddad (Educação), Tereza Campello (Desenvolvimento Social), Fernando Pimentel (Desenvolvimento), Miriam Belchior (Planejamento) e Alexandre Padilha (Saúde).
Coincidência ou não, sete deste grupo de nove ministros são petistas.
PRESIDENTE DO PSDB DIZ QUE MINISTÉRIOS DE DILMA ’SÃO FRACOS’
O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, disse, na chegada para um encontro dos governadores do partido que acontece neste sábado, em Belo Horizonte (MG), que os ministérios de Dilma “são fracos” e que governo não consulta a oposição para tomar decisões. “O governo faz um grande discurso contra a oposição, mas os cortes de recursos feitos pelo governo só aumentam o controle no Congresso”, disse. Segundo ele, o valor do salário mínimo foi fixado pelo governo sem que a oposição fosse consultada em momento algum. “Os ministérios são fracos. A inflação está voltando. A questão do câmbio ainda não foi resolvida e a economia brasileira não está bem. Mas a oposição vai continuar vigilante e segura (…) E fazer com que a oposição seja compartilhada e compreendida”, afirmou. (G1)
MOVIMENTOS SOCIAIS PROTESTAM CONTRA POLÍTICA ECONÔMICA
Leila Suwwan, O Globo
Meses depois da intensa mobilização eleitoral dos movimentos sociais e sindicais para levar Dilma Rousseff ao Planalto, as entidades expressam desgosto com os primeiros cem dias de mandato da presidente e decidiram unir esforços para organizar manifestações, greves e invasões de terra, num movimento já batizado de "guerra contra a agenda regressiva" do terceiro mandato petista.
A ordem é ampliar a tradicional jornada de lutas dos grupos de esquerda, que ganha neste ano o inusitado reforço das centrais de trabalhadores Força Sindical e UGT.
AÉCIO NEVES DIZ QUE PT QUER 'PAÍS A SERVIÇO DO PARTIDO'
Vera Magalhães, Folha.com
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) criticou fortemente na manhã deste sábado a criação do Ministério da Micro e Pequena Empresa pela presidente Dilma Rousseff.
Ele disse que a decisão mostra a diferença de "concepção" que PT e PSDB têm do Estado.
"Hoje mesmo os jornais ilustram de forma clara aquilo que tenho dito permanentemente. O PT tem uma visão diferente da nossa. Nós achamos que um partido político tem de estar a serviço de um país. O PT acha que o país tem de estar a serviço de um partido político", afirmou.
Ele chamou a criação da pasta de "escárnio com a população brasileira''. "Essa notícia de que a presidente da República criará mais um ministério para acomodar um dirigente partidário que não foi eleito, não teve votos para o Senado da República, é um escárnio com a população brasileira." Ele afirmou que "as micro e pequenas empresas precisam de apoio, mas não de mais uma estrutura burocrática".
BZ-O Brasil talvez seja o país com o maior número de ministérios no mundo. Os Estados Unidos tem menos da metade dos nossos 37 ministérios. Concordamos com o senador Aécio.
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