segunda-feira, 20 de outubro de 2014

ESCANDALÔMETRO: MENSALÃO, TREMSALÃO, PETROLÃO...

20/10/2014

EX-DIRETOR DIZ QUE GLEISI RECEBEU R$ 1 MI DE ESQUEMA NA PETROBRÁS 


O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa afirmou na delação premiada ao Ministério Público Federal que, em 2010, o esquema de corrupção na estatal repassou R$ 1 milhão para a campanha ao Senado da petista Gleisi Hoffmann (PR). 
Em 2011, no início do governo da presidente Dilma Rousseff, ela se licenciou do mandato para assumir o cargo de ministra-chefe da Casa Civil – posto que ocupou até fevereiro deste ano. 
O ex-diretor da Petrobrás disse que recebeu pedido para “ajudar na candidatura” de Gleisi. 
A solicitação, afirmou o ex-diretor da Petrobrás, foi feita pelo doleiro Alberto Youssef. Costa e Youssef são alvo da Operação Lava Jato, deflagrada em março pela Polícia Federal para combater o que considera uma organização criminosa que se instalou na Petrobrás para promover corrupção e lavagem de dinheiro. 
O ex-diretor da estatal lembrou ainda que, em 2010, o marido de Gleisi, Paulo Bernardo, ocupava o cargo de ministro de Planejamento, Orçamento e Gestão do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 
Neste ano, a petista concorreu ao governo do Paraná e terminou a disputa na terceira colocação, com 14,9% dos votos. 
Costa disse que o repasse de R$ 1 milhão para a campanha da senadora “se comprova” na inscrição que ele próprio lançou em sua agenda pessoal, apreendida pela PF no dia 20 de março, três dias depois da deflagração da Lava Jato. 
Numa página do caderno do ex-diretor consta, entre outras, a seguinte anotação: “PB 0,1″. Segundo o delator da Lava Jato, o registro significa “Paulo Bernardo, R$ 1 milhão”. Importante quadro do PT, Bernardo ocupa desde 2011 o cargo de ministro das Comunicações na gestão de Dilma, candidata à reeleição. Fausto Macedo e Ricardo Brandt, Estadão Conteúdo 
BZ-Tal qual no Governo Lula, a corrupção chega à Casa Civil, o mais próximo do gabinete da Presidência da República, sem que a presidente tome conhecimento de alguma coisa. Ou a presidente é muito desinformada, alienada, ou é conivente. Paulo Bernardo e sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann, é considerado o "Casal 20" de Brasília


CARTEL DA LAVA JATO DOOU R$ 456 MILHÕES A SEIS PARTIDOS 

por Estadão Conteúdo 
As empresas acusadas de formar um cartel para lotear grandes licitações públicas no país, segundo investigação da Operação Lava Jato, doaram R$ 456 milhões a PT, PMDB, PSDB, PSB, DEM e PP nos últimos sete anos, sem fazer distinção entre situação e oposição. 
Parte do dinheiro foi repassada às legendas em valores fixos e mensais. Segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, parte desse dinheiro teve como origem esquemas de fraudes em contratos, lavagem de dinheiro e corrupção, e foi parar nas campanhas presidenciais de 2010 do PT e do PSDB. 
Levantamento feito pela reportagem mostra que o PT e o PSDB, juntos, receberam 55% do total repassado aos seis partidos via diretório nacional. 
Os R$ 456 milhões que irrigaram as contas dessas legendas de 2007 a 2013 - período que o Tribunal Superior Eleitoral publica para consulta na internet - representam 36% do total doado às seis legendas por pessoas jurídicas em geral, no período. 
Esse tipo de doação é legal, mas tem uma fiscalização mais frouxa em relação à eleitoral, e sempre foi usada para tentar dissimular a origem do dinheiro que abastece campanhas. Repasses mensais. 
O mapa do dinheiro feito pelo Estado mostra que as construtoras fizeram repasses mensais em valores fixos muitas vezes e pulverizados por partidos, tanto da situação como oposição. 
É o caso da Andrade Gutierrez, líder no total repassado: R$ 128 milhões aos seis partidos. 
Para o PT, em 2010, ela deu R$ 15 milhões, sendo que alguns mensais fixos, como três depósitos de R$ 700 mil cada entre fevereiro e abril. Para o PSDB, a Andrade Gutierrez fez 24 repasses, totalizando R$ 19 milhões.

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