09/11/2014
PF DESCOBRE OUTROS INDÍCIOS DE CORRUPÇÃO NA PETRO
por Samuel Celestino
Uma nova fonte de corrupção, mas não tanta assim porque o beneficiário é conhecido, emergiu a partir de investigação da Polícia Federal que encontrou no computador de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, ora protegido pela delação premiada.
Trata-se de mais uma forte evidência que emerge na Operação Lava Jato.
Foram encontrados dois arquivos no computador de Costa com valores destinados (supostamente) a Fernando Baiano, como é conhecido Fernando Soares.
Tanto Paulo Roberto Costa com Alberto Youssef, este último também protegido pela delação premiada, haviam dito que Fernando Baiano seria o operador no esquema de corrupção na petroleira do PMDB, na sua diretoria Internacional, então comandado por Nestor Cerveró, envolvido no esquema. Segundo o jornal “Estadão” um inquérito especifico foi aberto na semana passada para apurar a participação de Fernando Baiano como “operador” do partido.
No computador estão anotadas “entradas” e “saídas” de valores no período de novembro de 2012 a 3 de junho de 2013. Numa delas há as iniciais de FB, que seriam as iniciais do operador Fernando Baiano. O valor anotado é de R$300 mil. Mas os valores poderão a extrapolar muitos milhões de reais.
PAÍS VAI RECUPERAR R$ 500 MILHÕES COM DELAÇÕES NA LAVA JATO, DIZ FORÇA-TAREFA
Os investigadores da Operação Lava Jato calculam que vão recuperar R$ 500 milhões com acordos de delação premiada e colaboração formalizados até março do próximo ano, quando devem se encerrar os trabalhos da força-tarefa do Ministério Público Federal que investiga o esquema de corrupção, desvios de recursos e pagamento de propinas na Petrobrás.
O meio bilhão de reais é referente à parte que um grupo de dez pessoas – que decidiu colaborar com as investigações ou ainda negocia os termos do acordo de delação – deverá devolver aos cofres públicos após negociações com a Justiça.
A recuperação de R$ 500 milhões é dada como certa pelos procuradores federais e significará o maior valor já devolvido aos cofres públicos na história do País. O montante corresponde a 11 vezes tudo o que já foi ressarcido desde 2004, quando o Ministério da Justiça criou um órgão específico para tratar da recuperação de ativos.
Nessa conta não entra o quanto os políticos a quem o esquema beneficiava teriam recebido de propina.
As autoridades com foro privilegiado só poderão ser investigadas após autorização do Supremo Tribunal Federal.
Segundo fontes ouvidas pelo Estado, a investigação envolvendo deputados e senadores, que tramita em segredo de Justiça, está há um mês no gabinete do ministro Teori Zavascki sem qualquer movimentação. Andreza Matais, Estadão
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