10/11/2014
PT X PT: RADICALISMO DO PARTIDO ELEVA PRESSÃO SOBRE DILMA
Os tempos estão "bicudos" e não é só tucanos |
Gabriel Castro, de Brasília
A relação de desafios do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff é extensa: além da deterioração do cenário econômico, a petista tem pela frente as investigações do petrolão e uma relação com o Congresso que já se prenuncia turbulenta. A julgar pelo tom da resolução aprovada pela Executiva do PT nesta semana, outro desafio somou-se à lista: aplacar o ímpeto extremista do partido.
Diante da cobrança da sigla por ações em prol da hegemonia petista, duas questões se colocam de imediato.
A primeira: ela quer fazê-lo? A segunda: se quiser, conseguirá?
Dilma se valeu da agressividade petista durante a eleição, quando era preciso atacar os adversários.
Mas, se der voz ao radicalismo do partido, se arrisca a perder o poder de diálogo com outras legendas e setores da sociedade.
DERROTA PODE FAZER DILMA ‘DESPAULISTIZAR’ MINISTÉRIO
O ministério imenso e conflitante |
Dilma tem sido aconselhada a “despaulistizar” o ministério. É que São Paulo aplicou a mais devastadora derrota no PT, apesar de ter o maior número de ministros.
São oito no total: Aloizio Mercadante (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Relações Institucionais), Cardozo (Justiça), Marta Suplicy (Cultura), Arthur Chioro (Saúde), Guido Mantega (Fazenda), Miriam Belchior (Planejamento) e Gilberto Carvalho (secretaria-geral).
Apesar da derrota vexatória do PT em São Paulo, Lula e Aloizio Mercadante trabalham para Dilma nomear mais paulistas no ministério.
Minas Gerais deverá receber tratamento melhor no próximo governo: terá mais cargos no ministério e no segundo escalão. Cláudio Humberto
ELA NÃO REPRESENTOU O PT…
Da sóbria entrevista concedida pela presidente Dilma a um grupo de jornalistas, esta semana, emergiu um corpo estranho.
Ela disse não representar o PT, mas a presidência da República.
Bem que muitos companheiros mereceram o gesto de desprezo, mas a entidade, como partido político, foi a principal responsável por sua reeleição.
É como se Neymar não representasse a seleção brasileira, mas o futebol mundial. Carlos Chagas – Tribuna na Internet
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