29/11/2014
BZ PRESS
A Sessão Legislativa desta última quinta feira 27/11, foi deveras movimentada, agitada. Estava anunciado que ia ser votado o parecer da Comissão formada pelos vereadores Eliecy Tarrão, Zezinho das Baterias e Sebastião da Colônia, sobre as contas do ex-prefeito Reinaldo Braga Filho, relativas ao exercício de 2012, que foram rejeitadas pelo TCM-Tribunal de Contas dos Municípios.
Na Sessão anterior, o vereador Mirlan, líder da bancada do PMDB, com os 6 vereadores, (Delzão, Eliecy, Laura, Nino Meira, Quinquinha e próprio Mirlan) que apoiam o ex-prefeito, já tinha tentado evitar que a Sessão ocorresse, sob alegação de que uma liminar judiciária em seu poder, a tornaria nula. O argumento não prevaleceu.
O auditório da Câmara estava repleto com bastante gente em pé.
Muitos partidários do ex-prefeito Reinaldo Filho, com ares de arrogância, alguns visivelmente embriagados, tomavam uma posição de antagonismo ao evento, não escondendo que estavam dispostos a qualquer coisa para impedirem a votação que confirmaria o parecer do TCM, pela rejeição das contas.
Os vereadores da situação, Padeirinho, Marivaldo, Genicássia, Sebastião, e Fabinho, estavam todos tranquilos e quietos.
Os dois vereadores, Esermilson Rocha, e Zezinho das Baterias, agora contrários também ao ex-prefeito, pouco se manifestaram.
O vereador Esermilson foi a Tribuna da Casa onde deu explicações sobre a sua saída do grupo do ex-prefeito, deixando claro que ele e seu companheiro de partido, votariam pela rejeição das contas.
As discussões começaram em clima de muito nervosismo.
O vereador Eliecy relatou que teria sido pressionado por seus colegas de Comissão, que avaliaram o parecer do TCM. Tinham pressa.
O vereador Delzão passou a atacar o presidente da Câmara, chamando-o de ladrão.
Disse ainda que havia no recinto da sessão, pistoleiros armados, a serviço do presidente da Câmara.
O vereador Mirlan, tentou em vão, desqualificar o TCM, dizendo que lá estavam gente como Mário Negromonte, ex-ministro das Cidades e ex- deputado Federal, citado no “imbróglio” da operação Lava Jato. Não se lembrou de que o agora Conselheiro Mário Negromonte, ainda não estava no TCM, quando o parecer foi exarado. Ademais, as 7 aprovações de contas anteriores, como eram a favor do ex-prefeito, nunca foram postas em dúvidas.
Alturas tantas, o vereador Quinquinha, depois de falar que aquilo só estava acontecendo, porque o ex-prefeito havia se recusado a comprar votos de algum vereador, a exemplo de como teria sido feito em outras ocasiões, quando da votação das contas do ex-prefeito José Magalhães.
Aí pelas tantas, foi até a mesa da presidência da Sessão, e arrancou das mãos do presidente Esermilson Rocha, um papel que estava sendo lido, rasgou-o e atirou os pedaços sobre cara do presidente da Sessão.
O tumulto era grande e os ânimos estavam exaltados. O vereador Mirlan achou que alguém dentre os populares, havia lhe faltado com o devido respeito e pediu ao presidente que providenciasse a remoção desse popular do recinto. Chamou a polícia, etc...
A vereadora Laura também defendeu o ex-prefeito, e reafirmou que a atual situação tem medo de enfrentar o ex-prefeito Reinaldo Filho, numa eventual eleição em 2016, e por isso manobrava para que ele ficasse inelegível.
O vereador Marivaldo também falou sobre as mazelas nas contas do ex-prefeito, além de cheques sem fundo e assinaturas indevidas, feitas em abril, assinando ainda como prefeito, quando o prefeito era o atual, desde de 1° de janeiro.
O vereador Padeirinho ponderou que a liminar não impedia a Câmara de apreciar o parecer do TCM, dado a independência entre os poderes Legislativo e Judiciário.
A vereadora Genicássia também pediu calma aos presentes para que a Sessão pudesse ser finalizada.
O vereador Mirlan orientou a bancada do PMDB a deixar o plenário, no que foi atendido, e o parecer do vereador Zezinho das Baterias, acatando a rejeição das contas, proposta pelo TCM, foi votado por 7 votos a zero. Para reverter o parecer do TCM, o ex-prefeito necessitava de 9 votos do 13 atuais vereadores.

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