terça-feira, 15 de dezembro de 2015

ESCANDALÔMETRO: MENSALÃO, TREMSALÃO, PETROLÃO, CARTOLÃO...

15/12/2015
PF DEVASSA ENDEREÇOS DE EDUARDO CUNHA, INCLUSIVE DE AMIGOS E ALIADOS PUBLICIDADE 

A Polícia Federal cumpre nesta manhã 53 mandados de busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, localizada na Península dos Ministros, e em seus endereços no Rio de Janeiro. 
 A PF surpreendeu Cunha na residência oficial, com a família, mas sua assessoria informou que ele não vai se pronunciar sobre o assunto porque deseja antes se informar. 
O mandado foi assinado pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. Também o senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia dos governos Lula e Dilma, e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), que é ligado ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, também são alvos da operação desta terça-feira (15) da PF. Outro alvo é o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), que foi ministro da Integração Nacional do governo Dilma Rousseff. Cláudio Humberto 
BZ-Ao todo são 53 mandatos de busca e apreensão em vários estados brasileiros. Sintomático é que o Juiz/Ministro Teori Zavascki não autorizou o mesmo procedimento na residência do senador Renan, embora tivesse sido solicitado pelo PGR dr. Janot. No Caso do deputado Cunha, a PF apreendeu até mesmo o celular do deputado. 

MORO CONDENA DONO DA ENGEVIX A 19 ANOS DE PRISÃO 

O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato na primeira instância, condenou nesta segunda-feira, 14, o empresário Gerson de Mello Almada, dono da Engevix, a 19 anos de prisão, por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. 
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, os dirigentes da Engevix teriam destinado pelo menos cerca de 1% sobre o valor de contratos e aditivos à Diretoria de Abastecimento da Petrobrás, “destes valores sendo destinado parte exclusivamente a Paulo Roberto Costa” – ex-diretor da estatal e primeiro delator da Lava Jato. 
Foram absolvidos Newton Prado Junior, Luiz Roberto Pereira e Carlos Eduardo Strauch Albero “de todas as imputações, por falta de prova suficiente de que agiram com dolo” e Enivaldo Quadrado “da imputação de lavagem de dinheiro, por falta de prova suficiente de autoria para condenação”. Estadão 

MPF DENUNCIA AMIGO DE LULA, CLÃ SCHAHIN, VACCARI E MAIS SEIS 

O Ministério Público Federal denunciou nesta segunda-feira, 14, o empresário e pecuarista, José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, e outros 10 investigados na Operação Passe Livre por corrupção, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta (Lei do Colarinho Branco).
Os investigados são suspeitos de participar de um esquema de propinas na contratação da Schahin Engenharia, em 2009, como operadora do navio-sonda Vitoria 10.000, envolvendo um empréstimo de R$ 12 milhões para o amigo de Lula – parte desta quantia teria sido destinada ao PT. 
A Procuradoria da República afirma que existem ‘indícios’ de que Bumlai teria usado ‘indevidamente’ o nome do ex-presidente ‘para conseguir vantagens’. 
“Ouvido, o investigado (Bumlai) negou possuir intimidade com o ex-presidente para tratar de negócios. Entretanto, nas buscas realizadas foram encontrados documentos que demonstraram a presença de Bumlai acompanhando o ex-presidente em eventos oficiais em Angola”, destacam os 11 procuradores que assinam a denúncia. 
A acusação atinge ainda a cúpula do grupo Schahin – Milton Schahin, Salim Schahin e Fernando Schahin (filho de Milton) -, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari, os ex-diretores da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró e Jorge Luiz Zelada, o ex-gerente executivo da estatal Eduardo Musa, o lobista Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, além de um filho (Mauricio Bumlai) e uma nora do pecuarista (Cristiane Bumlai). Estadão 

PT FOI ‘REAL BENEFICIÁRIO’ DE EMPRÉSTIMO FRAUDULENTO DO BANCO SCHAHIN, DIZ LAVA JATO 

O Ministério Público Federal afirmou nesta segunda-feira, 14, que o PT foi o ‘real beneficiário’ de um empréstimo de R$ 12 milhões tomado, em 2004, pelo empresário e pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, junto ao Banco Schahin. 
Em denúncia contra Bumlai e outros 10 investigados, a Procuradoria da República afirma que o empréstimo foi fraudulento e teria sido ‘pago’ ao Grupo Schahin por meio de um contrato de US$ 1,6 bilhão de operação do navio-sonda Vitoria 10000, da Petrobrás. 
“Ato de ofício da Petrobrás vendido em troca da quitação do empréstimo, ou seja, o PT tinha uma dívida com a Schahin e o pagamento dessa dívida se daria mediante ato de ofício da Petrobrás feita com o Grupo Schahin”, disse o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, procurador da República Deltan Dallagnol. 
A denúncia detalha a operação e aponta que ao empréstimo de R$ 12 milhões se somaram outras transações. “Em que pese tomado formalmente em nome de José Carlos Bumlai, o empréstimo se destinava ao PT, sendo tal fato de conhecimento das partes envolvidas, tendo ocorrido, aí, interposição fraudulenta com a celebração de documentos falsos para encobri-la. 
Ademais, o empréstimo de alto valor foi feito sem garantias reais.” Bumlai, o clã Schahin, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e outros seis investigados foram denunciados por corrupção e lavagem de dinheiro pela força-tarefa da Lava Jato. 
O amigo de Lula foi preso em 24 de novembro na Operação Passe Livre. Estadão 

PROPINA A LOBÃO POR ANGRA 3 FOI LEVADA DE CARRO DE SP A BRASÍLIA DIZ DELATOR 

O ex-diretor da UTC Walmir Pinheiro, considerado braço direito do dono da empresa, Ricardo Pessoa, detalhou em delação premiada o acerto de um pagamento ao senador e ex-ministro Edison Lobão (PMDB-MA) em razão da participação da empresa no consórcio vencedor para realizar as obras da usina de Angra 3. 
No depoimento, Pinheiro confirma que a propina acertada foi de R$ 1 milhão para Lobão e dá detalhes do pagamento.
De acordo com ele, as entregas eram feitas a uma pessoa apresentada por Lobão. 
Parte do pagamento foi levado de carro de São Paulo a Brasília para não despertar desconfiança das autoridades nos aeroportos. “Que tais pagamentos ocorreram no decorrer do ano de 2014, pouco antes da contratação final; que questionado sobre a operacionalização deste pagamento, afirmou que foi pago em três parcelas; que em duas delas André Serwy foi pessoalmente no escritório da UTC, em São Paulo, pegando o dinheiro em espécie com o próprio declarante; 
Que André Serwy foi sozinho ao escritório da UTC em São Paulo e comentou que iria voltar para Brasília de carro, para evitar possíveis problemas no aeroporto, em razão das quantias em espécie”, declarou o diretor da UTC. Estadão Conteudo

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